Conhecimento técnico na área de agronomia e botânica é importante, mas a formação arquitetônica é essencial
Perfil
Eduardo Novaes
Idade: 47 anos
Cargo: diretor do escritório Eduardo Novaes Arquitetura da Paisagem
Formação acadêmica: arquiteto e urbanista pela FAU Santos
Como começou: "trabalhava com projetos arquitetônicos de edifícios.
Fui convidado para fazer um trabalho no escritório de Amélia Bratke e Sônia Vidigal. Fiz alguns cursos ligados a paisagismo e, aos poucos, fui migrando para essa área"
Empresas em que trabalhou: "em paisagismo, apenas no escritório da Amélia Bratke e da Sônia Vidigal. Depois, montei o meu próprio"
Cursos: "diversos que abordam diferentes aspectos da função de um arquiteto paisagista. Os principais foram os promovidos pela Abap e pela Fupam"
Tempo na área: 16 anos
Carga diária de trabalho: 12 horas
Descrição do trabalho: "analisar o projeto e visualizar o espaço. A partir daí, estabelecer um diagnóstico das intervenções paisagísticas necessárias e adequadas, verificar as possibilidades de soluções e elaborar o projeto"
Como praticamente tudo na construção, o paisagismo também é uma função multidisciplinar. Afinal, o responsável pelo projeto paisagístico deve, além de visualizar um ambiente, saber quais espécies vegetais são mais adequadas para cada situação. E não é uma coisa simples, pois nem sempre é possível prever todas as reações de um elemento vivo como um vegetal.
Por isso, muitos projetos paisagísticos são elaborados por uma equipe que pode contar com um arquiteto especializado nessa área e técnicos em agronomia, botânica, biologia e até engenharia de ambientes. Cada um tem um papel definido no grupo, mas a coordenação e as decisões finais, em geral, são do arquiteto. "Esse profissional tem a noção de espaço e de como deve ficar esteticamente o trabalho final", explica Eduardo Novaes, diretor da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas).
Em teoria, o subsídio técnico do arquiteto paisagista vem da faculdade de arquitetura, que conta obrigatoriamente com uma disciplina nessa área. No entanto, a falta de profundidade torna quase que fundamental a especialização por meio de diversos cursos. De acordo com Novaes, os principais conhecimentos que o arquiteto deve aprofundar são relativos ao solo, vegetação, meio ambiente e recursos hídricos.
Ainda assim, a legislação obriga que o responsável por um projeto paisagístico tenha registro no Crea, o que abre espaço para engenheiros agrônomos trabalharem nessa área. O problema, segundo Novaes, é que muitos escritórios são comandados por profissionais de outras áreas, que contratam um agrônomo ou um arquiteto apenas para preencher as exigências jurídicas do projeto.
Por causa de situações como essa, ainda há construtores e arquitetos que não valorizam muito o trabalho do paisagista. "Essa situação já está melhorando, mas ainda estamos aquém do necessário", afirma o diretor da Abap. "Alguns construtores, por exemplo, já perceberam que um bom projeto paisagístico, compatível com as possibilidades estéticas e técnicas da obra, valoriza um empreendimento."
Mas, independente da importância que se dá ao paisagista, há critérios definidos para a estipulação dos honorários dos profissionais. A Abap elaborou uma tabela que não é de uso obrigatório, mas dá subsídios para os critérios de preços dos escritórios de paisagismo. Mais informações no site www.abap.org.br
Cursos, feiras e eventos
Programa de Capacitação para o Ensino de Arquitetura Paisagística.
São Paulo, de 26 de janeiro a 13 de fevereiro de 2004 (módulo 1 - Projeto Paisagístico). Mais informações: www.fupam.com.br.
VII Enepea - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
Belo Horizonte, de 9 a 12 de junho de 2004. Mais informações: dir@arq.ufmg.br.
Conferência da Região Oeste da Ifla.
Buenos Aires, Argentina, de 10 a 12 de junho de 2004. Mais informações: www.ifla.org.
41º Congresso Mundial da Ifla.
Taiwan, de 4 a 12 de setembro de 2004. Mais informações: www.ifla.org.
Instituições com cursos de pós-graduação ou especialização em paisagismo
Alguns cursos de especialização ou pós-graduação na área de arquitetura possuem matérias ligadas a paisagismo. Outros cursos podem ser encontrados
nas associações ligadas a arquitetura paisagística:
Fupam (Fundação para a Pesquisa Ambiental-SP): www.fupam.com.br
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro): www.ufrj.br
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina): www.ufsc.br
UEM (Universidade Estadual de Maringá-PR): www.uem.br
UEL (Universidade Estadual de Londrina-PR): www.uel.br
Unifenas (Universidade de Alfenas-MG): www.unifenas.br
Instituições com cursos de graduação em paisagismo
Universidade Anhembi-Morumbi-SP: www.anhembi.br
Universidade Veiga de Almeida-RJ: www.uva.br
Associações e entidades da área
Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas): www.abap.org.br
ANP (Associação Nacional de Paisagismo): www.anponline.org.br
Ifla (International Federation of Landscape Architects): www.ifla.org
Asla (American Society of Landscape Architects): www.asla.org
Perfil
Eduardo Novaes
Idade: 47 anos
Cargo: diretor do escritório Eduardo Novaes Arquitetura da Paisagem
Formação acadêmica: arquiteto e urbanista pela FAU Santos
Como começou: "trabalhava com projetos arquitetônicos de edifícios.
Fui convidado para fazer um trabalho no escritório de Amélia Bratke e Sônia Vidigal. Fiz alguns cursos ligados a paisagismo e, aos poucos, fui migrando para essa área"
Empresas em que trabalhou: "em paisagismo, apenas no escritório da Amélia Bratke e da Sônia Vidigal. Depois, montei o meu próprio"
Cursos: "diversos que abordam diferentes aspectos da função de um arquiteto paisagista. Os principais foram os promovidos pela Abap e pela Fupam"
Tempo na área: 16 anos
Carga diária de trabalho: 12 horas
Descrição do trabalho: "analisar o projeto e visualizar o espaço. A partir daí, estabelecer um diagnóstico das intervenções paisagísticas necessárias e adequadas, verificar as possibilidades de soluções e elaborar o projeto"
Como praticamente tudo na construção, o paisagismo também é uma função multidisciplinar. Afinal, o responsável pelo projeto paisagístico deve, além de visualizar um ambiente, saber quais espécies vegetais são mais adequadas para cada situação. E não é uma coisa simples, pois nem sempre é possível prever todas as reações de um elemento vivo como um vegetal.
Por isso, muitos projetos paisagísticos são elaborados por uma equipe que pode contar com um arquiteto especializado nessa área e técnicos em agronomia, botânica, biologia e até engenharia de ambientes. Cada um tem um papel definido no grupo, mas a coordenação e as decisões finais, em geral, são do arquiteto. "Esse profissional tem a noção de espaço e de como deve ficar esteticamente o trabalho final", explica Eduardo Novaes, diretor da Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas).
Em teoria, o subsídio técnico do arquiteto paisagista vem da faculdade de arquitetura, que conta obrigatoriamente com uma disciplina nessa área. No entanto, a falta de profundidade torna quase que fundamental a especialização por meio de diversos cursos. De acordo com Novaes, os principais conhecimentos que o arquiteto deve aprofundar são relativos ao solo, vegetação, meio ambiente e recursos hídricos.
Ainda assim, a legislação obriga que o responsável por um projeto paisagístico tenha registro no Crea, o que abre espaço para engenheiros agrônomos trabalharem nessa área. O problema, segundo Novaes, é que muitos escritórios são comandados por profissionais de outras áreas, que contratam um agrônomo ou um arquiteto apenas para preencher as exigências jurídicas do projeto.
Por causa de situações como essa, ainda há construtores e arquitetos que não valorizam muito o trabalho do paisagista. "Essa situação já está melhorando, mas ainda estamos aquém do necessário", afirma o diretor da Abap. "Alguns construtores, por exemplo, já perceberam que um bom projeto paisagístico, compatível com as possibilidades estéticas e técnicas da obra, valoriza um empreendimento."
Mas, independente da importância que se dá ao paisagista, há critérios definidos para a estipulação dos honorários dos profissionais. A Abap elaborou uma tabela que não é de uso obrigatório, mas dá subsídios para os critérios de preços dos escritórios de paisagismo. Mais informações no site www.abap.org.br
Cursos, feiras e eventos
Programa de Capacitação para o Ensino de Arquitetura Paisagística.
São Paulo, de 26 de janeiro a 13 de fevereiro de 2004 (módulo 1 - Projeto Paisagístico). Mais informações: www.fupam.com.br.
VII Enepea - Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo em Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
Belo Horizonte, de 9 a 12 de junho de 2004. Mais informações: dir@arq.ufmg.br.
Conferência da Região Oeste da Ifla.
Buenos Aires, Argentina, de 10 a 12 de junho de 2004. Mais informações: www.ifla.org.
41º Congresso Mundial da Ifla.
Taiwan, de 4 a 12 de setembro de 2004. Mais informações: www.ifla.org.
Instituições com cursos de pós-graduação ou especialização em paisagismo
Alguns cursos de especialização ou pós-graduação na área de arquitetura possuem matérias ligadas a paisagismo. Outros cursos podem ser encontrados
nas associações ligadas a arquitetura paisagística:
Fupam (Fundação para a Pesquisa Ambiental-SP): www.fupam.com.br
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro): www.ufrj.br
UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina): www.ufsc.br
UEM (Universidade Estadual de Maringá-PR): www.uem.br
UEL (Universidade Estadual de Londrina-PR): www.uel.br
Unifenas (Universidade de Alfenas-MG): www.unifenas.br
Instituições com cursos de graduação em paisagismo
Universidade Anhembi-Morumbi-SP: www.anhembi.br
Universidade Veiga de Almeida-RJ: www.uva.br
Associações e entidades da área
Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas): www.abap.org.br
ANP (Associação Nacional de Paisagismo): www.anponline.org.br
Ifla (International Federation of Landscape Architects): www.ifla.org
Asla (American Society of Landscape Architects): www.asla.org
Fonte: Revista Téchne
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