O diário de obra é um documento usado por construtoras e incorporadoras para registrar informações importantes sobre cada dia de atividade na construção de um empreendimento. É uma espécie de memorial da obra. Nele, é anotado tudo o que aconteceu de importante na construção em um determinado dia: os serviços feitos, os equipamentos utilizados - e por quantas horas -, as condições do clima, etc. E, se necessário, também podem ser descritos no diário os problemas na execução de serviços, falhas nos equipamentos, etc.
O diário de obra é importante para a construtora, porque ele conta, dia a dia, a história do empreendimento ao longo de todo seu período de execução. "O diário serve para discutirmos determinadas ocorrências com os empreiteiros, ou justificar problemas nos prazos com o cliente, por exemplo", diz Rodrigo Vaz, coordenador do departamento da qualidade e novas tecnologias da construtora BKO. O diário é uma ferramenta com valor de documento, e por isso deve ser preenchido com atenção.
Um documento com o memorial das atividades da obra em breve será exigido pelos Creas (Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura). Ele é chamado de Livro de Ordem e, segundo a Resolução 1.024 do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), sua obrigatoriedade seria implementada até 1o de janeiro de 2011. Até o momento, porém, o Livro de Ordem não foi instituído em nenhum Estado. Cada Crea é responsável pela instituição de um livro próprio, que precisa ser homologado pelo Confea para ser definitivamente implementado. Segundo a assessoria do Confea, os Estados mais adiantados nessa implementação são Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal.
De acordo com a resolução, os diários de obra já existentes podem ser admitidos como Livro de Ordem, desde que atendam às exigências da resolução e sejam visados pelo Crea.
MODELO DE DIÁRIO DE OBRA
Não há um modelo padronizado de diário de obra. Cada empresa ou órgão público responsável pela obra adota o seu próprio modelo. A construtora e incorporadora BKO, por exemplo, utilizava planilhas eletrônicas, que eram preenchidas diretamente no computador ou impressas para serem preenchidas à mão. No início deste ano, a empresa adotou um sistema online para registrar o diário. "É um sistema de armazenamento de dados onde colocamos todos os documentos de gestão da qualidade. Substituímos as planilhas por um diário eletrônico", diz Rodrigo Vaz. "Como o número de obras da BKO nos últimos anos aumentou bastante, essa foi uma forma que encontramos para que todos os diretores e gerentes tivessem acesso às informações de forma prática e ágil, em qualquer lugar", completa. A empresa está, atualmente, com cerca de 25 obras.
Veja um exemplo preenchido de um diário de obra, com os detalhes necessários.
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