A escolha desse estilo se baseia na beleza e na alegria que as cores e peças conferem ao ambiente, mas há quem se identifique com a simboligia e o misticismo incluso nos objetos e pinturas.
Em uma decoração inspirada na cultura africana predominam os tons terrosos do continente, como amarelos, laranjas, ocre, marrom e vermelho. Grafismos em preto e branco também são muito presentes, principalmente em estampas de tecidos e em pinturas. Esculturas, máscaras, tapetes, peles (artificiais!), móveis em madeira rústica, couro e palha também fazem parte do conceito.
É um estilo alegre, exótico e de muita personalidade. Sendo assim, optar pelo look total pode ser arriscado, a não ser pra que se identifica muito com a cultura africana. Porém, dá pra usar algumas peças e estampas apenas como referência, como esculturas isoladas ou em coleções, almofadas, algumas cores ou materiais, mas misturados a estilos e peças modernas. O resultado é uma decoração bem contemporânea e sofisticada.
Sofá de couro, almofadas estampadas e tapete com padronagem de zebra na ambientação da Le Lis Blanc Home.
Antes de viver a globalização, eu aprendi essa palavra na escola. Decorei pra prova "A globalização é um processo de integração econômica, social, cultural e política, impulsionada pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação no final do século XX e início do século XXI."
Hobsbawm que me perdõe (pela incorreção na aplicação do termo e por ignorar a ideologia com essa afirmação), mas se tem um campo em que a globalização é linda, chama-se decoração.
E no mundo globalizado, ter uma máscara africana na sala, não significa que o dono da casa, nem ninguém que ele conheça, tenha ido à África. E os gringos todos comprando peças de açaí na Rice?
É claro que é bacana quando uma decoração significa outras coisas. Mas significar apenas que a gente gosta muito daquela mistura, também é válido, não é?
I
A arte africana é bastante marcada pelas estampas. Produzidas utilizando técnicas milenares de tingimento, são caracterizadas por grafismos e usam como referência as formas da natureza, como a pele de animais, os formatos de frutas exóticas, ou a textura de pedras de rios.
Além dos tecidos marcantes, a escultura, principalmente máscaras e estátuas, não passam despercebidas. Produzidas em materiais extraídos da natureza, como madeira, principalmente o ébano, marfim, osso, terracota, bronze, cobre e ouro, elas são símbolos religiosos e expressam os sentimentos e idéias dos povos africanos. A máscara provoca fascínio ou repulsa no mundo ocidental. Sua função é proteger, representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas.
É um estilo atemporal e lojas especializadas em estilos étnicos sempre renovam seus estoques com peças lindas, como a Katmandu, a Le Lis Casa… Mas a beleza e diversidade da cultura africana são fontes de inspiração para marcas e designers criarem novas tendências, reinterpretando cores e padrões.
Tecidos da coleção Microsan África da Donatelli (é lançamento!).
1. Porta-retratos de osso HStern Home. / 2. Almofada Coisas da Dóris. / 3.Cachepô HStern Home. / 4. Caderninhos Hits/ 5.Caixa de osso, Le Lis Casa. / 6.Máscaras Katmandu. / 7. chaise Bali Express.
1. Bandeja de madeira / 2.Almofadas Donatelli. / 3.Girafas de madeira da Katmandu. / 4.Lupas com cabo de osso Le Lis Casa. / 5.Panô com padronagem africana da Katmandu. / 6.Banquinho de madeira da Katmandu. 7.Ovo de avestruz pintado da Katmandu./ 8. Poltrona Anos 60 customizada do Estúdio Glória. / 9. Livros Editora Tashen.
Na feira de design de Milão em 2009, a Moroso apresentou a M'Afrique, uma linha inspirada nos trançados africanos, e revestiu alguns estofados de designers como Ron Arad, com estampas e cores do continente.
Coleção “M’Afrique”,da grife italiana Moroso, criadas do encontro entre tradição e modernidade, como uma forma de homenagear e valorizar os valores culturais do continente africano.
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