O BLOG

Soluções para Arquitetura e Paisagismo.
Este blog foi elaborado por Marjorie K © 2008-2024.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Espaço Tom Jobim_Patrimônio Edificado

O Espaço Tom Jobim – Cultura e Meio Ambiente está instalado em antigas construções do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O Instituto amplia, com esta iniciativa, sua participação na vida cultural da cidade e do país e nas discussões relacionadas à questão ambiental.
O objetivo do Espaço Tom Jobim – Cultura e Meio Ambiente é fazer o elo entre a cultura e o meio ambiente. Antonio Carlos Jobim fez esta união com excelência e era um grande defensor da natureza, por isso seu nome foi escolhido para nomear o Espaço. Além disso, o Jardim Botânico era um local onde Tom Jobim costumava se inspirar e compor.
O Espaço foi lançado em 2003, através de uma parceria entre a Associação de Cultura e Meio Ambiente e o Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O Espaço Tom Jobim – Cultura e Meio Ambiente abriga eventos que tenham como finalidade a promoção da cultura e da arte; a defesa, preservação e conservação do meio ambiente e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Atualmente o Espaço Tom Jobim – Cultura e Meio Ambiente é composto pelas seguintes unidades:
- Casa do Acervo: oferece ao público o acesso virtual à vida e obra de Antônio Carlos Jobim e, em breve, aos acervos de outros artistas.
- Galpão das Artes: está em reforma e abrigará o Espaço de Produtos Sustentáveis, que irá divulgar e expor produtos sustentáveis e serviços ambientais. O Galpão das Artes também será local para exposições de arte contemporânea.
- Teatro: está em construção com término previsto a partir de setembro de 2008. O teatro terá 400 lugares e estará disponível para shows musicais, peças teatrais, festivais de cinema e outros eventos culturais e ambientais.
- Oficinas: O Espaço também será disponibilizado para a realização de oficinas que possam estimular o pensamento e a reflexão em torno de temas ambientais e de interesse público. Também serão oferecidos cursos de formação de artistas e técnicos para o setor cultural. O Espaço Tom Jobim compreende o Centro de Produtos Sustentáveis, cuja reforma já começou e reabre em março; o Teatro de Lona, que será inaugurado no segundo semestre de 2007; a Sala Multiuso, que promove exposições e cursos; e a Casa do Acervo, que oferece ao público o acesso virtual à vida e obra de Tom Jobim.
O acervo de Tom Jobim é imenso e o processo de digitalização foi conduzido por Paulo Jobim, filho do maestro. São 27 álbuns de carreira, mais de três mil fotos, 800 manuscritos, 700 partituras, 90 vídeos com gravações e entrevistas, além de centenas de desenhos e anotações. Partituras jamais gravadas, detalhes do processo de composição, fitas cassetes que Tom costumava deixa rolar enquanto conversava e dedilhava o piano. Quatro computadores e um telão estão à disposição do público para pesquisas.
Na Casa do Acervo, Tom Jobim não ficará sozinho: o acervo de Lucio Costa, já digitalizado, irá para lá, assim como o de Dorival Caymmi. Já o acervo na área de meio ambiente começa com os vídeos do cinesta Sergio Bernardes, que possui a maior coleção de imagens sobre a Mata Atlântica e sobre o bioma brasileiro.
Em comemoração aos 80 anos do maestro Tom Jobim (1927- 1994), o Espaço apresenta a exposição “Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica”, com filmes, vídeos e fotografias inéditas da floresta que motivava o compositor. As imagens são do cineasta Sergio Bernardes, do acervo pessoal de Tom e do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Exposição “Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica”

Período: de 26 de janeiro a 22 março de 2007
Horário: das 10h às 17h
Local: Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Jardim Botânico, 1.008
-->


Fonte:http://www2.petrobras.com.br/cultura/portugues/patrimonioedificado/proj/edif_centrotomjobim.asp

Projetos Culturais

Desde 2004, o Programa Petrobras Cultural vem abrindo seleções públicas de projetos de preservação de acervos documentais e bibliográficos pertencentes a museus; arquivos públicos; arquivos privados, desde que de interesse público e abertos ao acesso público, e bibliotecas, desde que de acesso público e detentoras de obras raras ou de coleções consideradas de valor excepcional sob o ponto de vista histórico e cultural.
Outros patrocínios de vulto a instituições guardiãs da história e da memória cultural brasileira são o Museu Arqueológico do Xingó, em Sergipe; o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí; o Museu Afro Brasil, o Museu da Língua Portuguesa e a Biblioteca Mindlin, em São Paulo; e o Museu de Artes e Ofícios em Belo Horizonte, dentre outros.
Em sua Edição 2006/2007, o Programa Petrobras Cultural apoiou, como projeto convidado, o Programa de Segurança de Museus, do IPHAN. O Programa Petrobras Cultural também inaugurou a seleção pública de projetos voltados à educação para as artes, o que certamente abrirá novas oportunidades de patrocínio a museus, arquivos e bibliotecas.
Veja a seguir alguns dos projetos que estão sendo patrocinados pela Petrobras neste segmento. Para patrocínios anteriores, consulte o minisite Memória Cultural.
fonte: http://www2.petrobras.com.br/cultura/portugues/museus/museus.asp

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Centro de Convenções Rio Cidade Nova, Rio de Janeiro, RJ

O Centro de Convenções Rio Cidade Nova faz parte do programa de revitalização da área central da capital fluminense. Além da implantação do espaço de convenções, o projeto prevê para o local a construção de duas torres de escritórios e a preservação de um edifício tombado, que já abrigou o Hospital das Crianças e a antiga TV Rio. O projeto foi selecionado em concurso público de idéias do Instituto Pereira Passos, organizado pelo IAB/RJ e pela prefeitura do Rio de Janeiro.

//Publicada originalmente em Finestra
Edição 52 Março de 2008//

:: Essa obra eu ajudei a projetar ::














A TRIBUTE TO JØRN UTZON









O arquiteto dinamarquês Jørn Utzon morreu de ataque cardíaco, enquanto dormia, na madrugada do dia 29 de novembro, aos 90 anos de idade, em sua terra natal. Nascido em 9 de abril de 1918 em Copenhague e graduado em arquitetura em 1942 pela Academia de Belas Artes da capital dinamarquesa, refugiou-se na Suécia durante a segunda guerra mundial e depois se instalou na Finlândia, onde trabalhou ao lado de Alvar Aalto. Detentor do Pritzker 2003, Utzon ficou conhecido pelo projeto do "Opera House" em Sydney, uma das obras de arquitetura mais fotografadas do século XX, construída entre 1959 e 1973 a partir de um concurso internacional ocorrido em 1957. "Eu fiz uma escultura . você nunca terminará de vê-la. Quando passar por lá e vê-la contra o céu . alguma coisa nova acontecerá durante esse tempo . o sol, a luz e as nuvens, a transformam em uma coisa viva." - Jørn Utzon, 2002.
Fonte: Revista Projeto (01-12-2008)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Receita para não engodar
Sem necessidade de ingerir
Arroz integral e chá de jasmim - Carlos Drummond

Pratique o amor integral
Uma vez por dia
Desde a aurora matinal
Até a hora em que o mocho espia.
Não perca um minuto só
Neste regime sensacional.
Pois a vida é um sonho e, se tudo é pó,
Que seja pó de amor integral.

O homem, as viagens - Drummond

O homem, bicho da Terra tão pequenochateia-se na Terralugar de muita miséria e pouca diversão,faz um foguete, uma cápsula, um módulotoca para a Luadesce cauteloso na Luapisa na Luaplanta bandeirola na Luaexperimenta a Luacoloniza a Luaciviliza a Luahumaniza a Lua.

Lua humanizada: tão igual à Terra.O homem chateia-se na Lua.Vamos para Marte — ordena a suas máquinas.Elas obedecem, o homem desce em Martepisa em Marteexperimentacolonizacivilizahumaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.Vamos a outra parte?Claro — diz o engenhosofisticado e dócil.Vamos a Vênus.O homem põe o pé em Vênus,vê o visto — é isto?idem idem idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiterproclamar justiça junto com injustiçarepetir a fossarepetir o inquieto repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.O espaço todo vira Terra-a-terra.O homem chega ao Sol ou dá uma voltasó para tever?Não-vê que ele inventaroupa insiderável de viver no Sol.Põe o pé e:mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado.

Restam outros sistemas forado solar a col-onizar.Ao acabarem todossó resta ao homem(estará equipado?)a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo:pôr o pé no chão do seu coração experimentar colonizar civilizar humanizar o homem descobrindo em suas próprias inexploradas entranhasa perene, insuspeitada alegriade con-viver.

A flor e a náuse.

A Flor e a Náusea Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me? Olhos sujos no relógio: não, o tempo não chegou de completa justiça. O tempo ainda é de fezes, maus poemas, alucinações e espera. O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse. Em vão me tento explicar, os muros são surdos. Sob a pele das palavras há cifras e códigos. O sol consola os doentes e não os renova. As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase. Vomitar esse tédio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado. Nenhuma conta escrita nem recebida. Todos os homens voltam para casa. Estão menos livres, mas levam jornais e soletram o mundo sabendo que o perdem. Crimes da terra, como perdoá-los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns ache belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Ração diária do erro, distribuída em casa. Os ferozes padeiros do mal. Os ferozes leiteiros do mal. Por fogo em tudo, inclusive em mim. Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porém meu ódio é o melhor de mim. Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. >>>>> Carlos Drummond de Andrade

Eu, Etiqueta - Drummond

EU ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.


Carlos Drummond de Andrade.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.
PABLO NERUDA

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

“Existem sentimentos que palavras não explicam.Que frases não justificam.Que livros não argumentam...Existem coisas que só o coração sabe como lidar...”
"Tão bom viver dia a dia... A vida assim, jamais cansa... Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu... E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança... E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu. Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas..."Mario Quintana