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Soluções para Arquitetura e Paisagismo.
Este blog foi elaborado por Marjorie K © 2008-2024.

terça-feira, 27 de outubro de 2009




Profissão Arquiteto (a)

A Arquitetura tem por finalidade criar e organizar o espaço físico, buscando atender às necessidades humanas como o conforto, o bem-estar e a funcionalidade.


As atividades de um Arquiteto estão relacionadas com edificações, conjuntos arquitetônicos. arquitetura paisagística e de interiores, planejamento físico, local, urbano e regional.

O curso abrange:
- Projeto e Construção de Edifícios (casas, prédios)


- Planejamento Urbano e Regional (Urbanismo)


- Desenho Industrial (planejamento e criação de objetos)


- Programação Visual (comunicação visual, signos gráficos)


- Paisagismo (jardins, parques, praças)

Quem tem planos de ser Arquiteto precisa preocupar-se com a carreira o mais cedo possível. Paralelamente à formação teórica, o aspirante deve procurar colocação num bom escritório. Com o tempo, o estagiário vira desenhista e passa a detalhar os projetos feitos pelos Arquitetos mais experientes. Depois, já formado, pode realizar seus próprios projetos. Como o currículo de um arquiteto é sua obra, é importante que ele tenha passado por escritórios respeitados, onde aprende a desenvolver o seu próprio traço, diferente dos demais.

O grande aprendizado está no exercício profissional. A arquitetura está cada vez mais funcional, trabalhando com espaços exíguos e materiais baratos - a preocupação não é apenas a bela sala, mas onde se possa almoçar sem, a cada garfada, bater o braço na parede. Há cada vez mais Arquitetos deixando os projetos de imóveis de lado, concentrando-se em design de móveis, programação visual, decoração.

As áreas que mais crescem na profissão: Arquitetura de Interiores e Desenho Urbano. Outro campo em expansão é o de Preservação do Patrimônio Histórico. O Arquiteto deverá ter habilidade numérica, raciocínio abstrato e espacial, criatividade versatilidade, apurado senso artístico, sensibilidade e gosto pela arte.

Campos de atuação: Serviços de Consultoria, Empresas Privadas, Órgãos Públicos, Escritórios de Arquitetura.

Especializações: Desenho Industrial, Paisagismo, Urbanismo, Computação Gráfica, Arquitetura de Interiores e Comunicação Visual.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Museus...

Sempre gostei de Museus, e por algum motivo especial, essa paixão aumentou na época que projetei um Museu Infantil, como trabalho final de graduação...

Desde então, devido a minha pesquisa pro TFG, fico por dentro do mundo dos museus, estudo os projetos, coleciono imagens, folders de exposições e sempre que posso estou respirando o Ar da Museologia..

Algumas imagens da minha coleção particular...


The Rijks, Amsterdam








As fotos do MAC foram tiradas por mim....

MAC - Niterói

Bretanha - Elizabeth de Portzamparc

Escola de Dança - Alemanha.. este projeto é bem legal..


Gringo Cardia
Gringo Cardia - Museu de Telecomunicação




Museu da Lingua Portuguesa - Estação da Luz - SP

Louvre - Paris

Louvre - Paris


Museu Rodin - Salvador

Conheça também, o da França 


MASP - SP





Museu do Computador - SP


Coleção de Brinquedos

Uma coleção de alguns projetos de briquedotecas que achei interessante...


Vale para inspiração!!!

PS: Peço desculpas, mas estou sem referência da fonte dos projetos mencionados..









Carta ao Cliente 




Confesso que não me assustei muito ao ler sua carta contando o resultado da conferência para autorização de um projeto para o São Lucas. Estas coisas acontecem sempre porque, por falta de costume, quem constrói, nem sempre avalia o plano de como deveria fazê-lo.


Se eu insisto em aconselhá-lo mais uma vez para que consiga um arquiteto para dirigir os trabalhos de seu hospital, não é somente porque desejo muito trabalhar para um hospital modelo, mas porque, e principalmente porque, não posso crer que uma obra, da importância da sua, possa nascer sem estudo prévio.


É vez o brasileiro fazer as coisas sem plano inicial perfeitamente elaborado; quando se pergunta sobre como ficarão estes e aqueles pormenores, a resposta é sempre a mesma: Ah! Isso depois, na hora, veremos. Assim fazem-se as casas, os prédios, as cidades; nesse empirismo vive a lavoura, a indústria e o próprio governo.


O planejamento, mercadoria altamente valorizada em todo mundo para qualquer realização, não encontrará entre nós o ambiente propício enquanto nós moços não nos capacitarmos da sua necessidade imprescindível. 


Poderia continuar conversando com você sobre a grande vantagem de planejar com antecedência, até amanhã, sem esgotar todos os argumentos e provavelmente terminaria por dizer que é até demonstração de patriotismo e inteligência.Mas com isso não convenceríamos ninguém; talvez muito mais vantajoso seria confinar a discussão entre os limites das vantagens particulares, individuais de aplicar o método. 


Então vejamos. A pergunta é sempre a mesma; -”que vantagem poderíamos ter em gastar CR$ 65.000,00 em um projeto somente? 


O projeto não é o prédio; muito pelo contrário, somente uma despesa a mais! Contratando a construção o projeto viria de graça, feito pelo próprio construtor e nós economizaríamos 5% sobre o valor do prédio. Com esses 5%, no caso de querermos gastá-lo, até poderíamos melhorar algumas condições do edifício; enriquecer alguns materiais etc…”Garanto que os argumentos acima lhe foram expostos mais de uma vez. 


São os que sempre vejo empregados em ocasiões dessas e nunca mudam. São também os mais fáceis de rebater e os menos inteligentes.Senão vejamos: “…O projeto sempre custa alguma coisa. 
O construtor que o fizer terá, sem dúvida que empregar engenheiros e desenhistas para isso. Terá de empregar gente para calcular concreto, para calcular aquecimento, eletricidade, etc… 
O construtor cobrará essa despesa do proprietário através da comissão para a construção. 


Tanto isso é verdade que, se você apresentar aos construtores um projeto completamente pronto, ele cobrará percentagem menor para a construção porque dirá, “não terei despesas no escritório”. 


Suponhamos que a taxa de honorários para a construção seja de 10 a 12%, inclusive o projeto. Se você der o projeto, encontrará quem lhe faça por 6 ou 8%. Daí você conclui que o projeto que você pagou ao arquiteto 5%, já representa nessa ocasião somente 1% ou 2% a mais do que o preço geralmente previsto.Mas eu desejo provar que o plano geral, feito com antecedência, é economia e não despesa. 


Então vamos continuar. Ninguém pode negar, nenhum construtor, nenhum cliente, que o projeto feito pelo técnico, contém em si uma previsão maior dos diversos detalhes do que o projeto rabiscado pelo construtor e verificado pelo proprietário. 


Faça uma experiência. Tome um plano que esteja em início de construção e pergunte a quem o dirige: por onde passam os canos de aquecimento? Por onde passam os canos de esgoto? O senhor vai fazer antes isso ou aquilo? Garanto que não sabem.Responderão: “provavelmente passarão por aqui ou ali, farei isto ou aquilo antes. 


Se na ocasião de executar um serviço, verificar-se um contratempo qualquer, um cano que não pode passar porque tem uma porta, um esgoto vai ficar aparecendo no andar de baixo; o construtor resolve em função do problema, no momento. Ele dá voltas com o cano ou faz um forro falso para esconder o esgoto que iria aparecer em baixo. Entretanto se isso tivesse sido previsto, não precisaria de forro falso ou qualquer outra coisa. 


No papel, teria sido procurada e encontrada a solução mais econômica, para o caso, a mais bonita.


Consulte um construtor experimentado ou alguém que já tenha construído e todos serão unânimes em contar-lhe pequenas calamidades que apareceram. Eu já ouvi diversas vezes, por exemplo: “Quando colocamos as fundações no terreno nós vimos que o quarto ficaria enterrado. Então levantamos as fundações mais cinqüenta centímetros para dar certo. 


Por isso deu uma escada na entrada e ficou com um porão, etc… Se você calcular quanto mais caro ficou a imprevisão, você verá a vantagem de ter um projeto estudado. O arquiteto teria dado uma disposição diferente nos cômodos de maneira que o tal quarto não ficasse enterrado, sem ter que aumentar as fundações e assim economizaria o dinheiro com o qual se faria pagar.


Se o proprietário não ganhasse nada, ainda teria para si uma solução melhor e um motivo para valorizar seu imóvel. O construtor por exemplo não projetaria as instalações elétricas. Ele chamaria um instalador “prático” e o homem disporia a coisa à sua vontade. Usaria os canos que ele quisesse e os fios que achasse melhores. Bem curioso, não é ? Poucos entendem disso e ninguém iria fiscalizar o homem.


 Acontece, porém que os fios, quando são fios demais em relação à corrente que transportam, dão muitas perdas, e essas se traduzem em despesa mensal maior de energia para você durante os 50 ou 100 anos de funcionamento do hospital; assim você pagaria 100 vezes um bom projeto de distribuição de eletricidade. Estou apenas repetindo casos cotidianos.Do funcionamento do hospital ainda mais, o construtor provavelmente não entende e nem terá tempo suficiente para estudar. 


Ele não é especializado em hospitais porque isto é Brasil e depois não estudam porque não é o seu métier. Ora, assim sendo, ele vai confiar em você. Você conhece hospitais já feitos e em funcionamento, como hospitais, não como construções. Os seus preconceitos, a respeito, o construtor repetirá com o dinheiro de seu bolso. 


As soluções que, para alguns casos que você viu, são soluções econômicas poderão constituir soluções caríssimas, no seu caso. Rematando, sua casa de saúde não teria o melhor aspecto porque faltou um artista.


Arquitetura, é construção e arte. Arte. Arte não tem livro de regulamento que ensine. Nasce dentro de cada um e desenvolve-se como conjunto de experiências. 


Procure um homem que possa das à sua casa de saúde, além das características de um hospital eficiente pelo perfeito planejamento das diversas sessões, um valor artístico indiscutível.


O valor artístico é um valor perene, enorme, inestimável. É um valor sem preço e sem desgaste. Pelo contrário, aumenta com os anos à proporção que os homens se educam para reconhecê-lo. O valor artístico subsiste até nas ruínas. Os anos correm e desgastam o material, enquanto valorizam o espiritual.


Com a consciência limpa termino minha proposta. Está em suas mãos a responsabilidade de decidir entre os caminhos. 


De um lado eu me coloco, não só, mas como representante dos arquitetos brasileiros, defendendo a economia, a ordem e acima de tudo, o futuro. 


De outro lado, o empirismo, a reação, a imprevisão.Qualquer solução que você venha a dar não mudará as relações entre nós, nem sua opinião futura sobre o que acabo de escrever.


 Se o prédio for bom, bem projetado, bem planejado, por um bom arquiteto, você gostará, todos gostarão; se ele não prestar, se custar muito, se não funcionar, ser for feio ou sem personalidade, sem valor artístico, sem plano nenhum, o resultado será o mesmo. 


Em todos os dois casos você adquirirá experiência e acabará por trabalhar sempre do meu lado e com os meus argumentos. 


Nós venceremos sempre como eu queria demonstrar.Pague pois o que eu pedi. É pouco em relação às vantagens futuras. Ou não pague, e as vantagens serão as mesmas, para a sociedade evidentemente, não para você.


Com um abraço afetuoso do amigo certo,Vilanova Artigas.
São Paulo, julho de 1945


Carta retirada do livro Vilanova Artigas Série Arquitetos Brasileiros, paginas 49, 51 e 52

Doido Demais



Esta é uma ilustração que fiz para um livro infantil, na aula de Gestalt .....

Meus desenhos - II



Esse foi desenhado no ano de 1998...

Meus desenhos - I


Meus desenhos...


Artes Plásticas



Experiência realizada em 2003...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Arquitetura Sustentável

Atualizando meu conhecimento sobre Sustentabilidade na Arquitetura, me deparei com o site  das Arquitetas Maira Del Nero e Juliana Boer, elas se especializaram em Bioconstrução, Materiais ecológicos e tecnologias sustentáveis.


Elas comentam de forma bastante interessante sobre este tema, inserir o texto na íntegra para compartilhar com vocês, no final deste tópico consta o endereço e quem quiser pode conferir alguns trabalhos com esta aplicação, bem legal...


Confira abaixo:

"Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais da metade de todos os gases que vem modificando o clima.

O projeto de arquitetura sustentável contesta a idéia do edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo , estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se compromete a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem contudo, ser inviável economicamente.
A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida.


“É extremamente importante que o profissional tenha em mente que todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma tentativa de busca em direção a uma arquitetura mais sustentável. Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes.” (YEANG,1999)


Alguns princípios básicos devem nortear o projeto:



  • Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando evitar danos ao meio ambiente, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;
  • Implantação e análise do entorno;
  • Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis;
  • Minimização e redução de resíduos;
  • Valorização da inteligência nas edificações para otimizar o uso;
  • Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas;
  • Redução do consumo de água;
  • Promoção da qualidade ambiental interna;
  • Uso de arquitetura bioclimática.
Quais as Vantagens de um projeto sustentável


 O projeto sustentável, por ser interdisciplinar e ter premissas mais abrangentes, garante maior cuidado com as soluções propostas, tanto do ponto de vista ambiental quanto dos aspectos sociais, culturais e econômicos.


O resultado final dessa nova arquitetura ecológica, verde e sustentável, proporciona grande vantagem para seus consumidores. Quem não quer ter uma casa saudável, clara, termicamente confortável e que gaste menos água e energia?

A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar de seu usuário (faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta.)
Já a prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser ainda mais vantajosa, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse nicho de mercado é hoje um diferencial, mas no futuro se tranformará em requisito, pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.


Os principais benefícios são:


 Redução dos custos de investimento e de operação;

 Imagem, diferenciação e valorização do produto;

 Redução dos riscos;

 Mais produtividade e saúde do usuário;

 Novas oportunidades de negócios;

 Satisfação de fazer a coisa certa.


Construção sustentável custa mais caro?

A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem até reduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel.

Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustentabilidade.

O estudo inglês Costing sustainability, “How much does it cost to achieve BREEAM and EcoHomes ratings (2004)”, concluiu que em alguns casos a adoção de estratégias avançadas de sustentabilidade podem inclusive reduzir custos.


O que são materiais ecológicos?

Ecoprodutos são todos artigos de origem artesanal ou industrializada, que sejam não-poluentes, atóxicos, benéficos ao meio ambiente e á saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.


Como saber se o material/tecnologia é sustentável ou menos impactante?


• Matéria-prima – é virgem ou reciclada? Como é extraída? É um recurso renovável?
• Qual é o processo produtivo? Apresenta baixo consumo de energia? E de água? O processo é poluente? (ar, água, terra, som). Gera q tipo de resíduos?
• O produto é poluente?
• Sua instalação, manutenção gera resíduos?
• Como é a logística de distribuição do produto? Consome muita energia?
• E a embalagem? Possui potencial de reciclagem ou de reuso?
• Possui algum tipo de certificação ( tipo ISSO 14001) ou SELO?


Cenário da Construção Civil e Conceito de Construção Sustentável


As cidades e seu metabolismo são as grandes responsáveis pelo consumo de materiais, água e energia, sendo assim razoável pensar que, em um futuro próximo, continuarão a produzir grandes impactos negativos sobre o meio natural.

Muitos destes impactos negativos são gerados pelo setor da construção civil, que responde por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água utilizada no mundo. De acordo com dados do Worldwatch Institute, a construção de edifícios consome 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, além de ser responsável por 25% da extração de madeira anualmente. É natural que a sustentabilidade assuma, gradualmente, uma posição de cada vez mais importância neste cenário.

O conceito de Construção Sustentável baseia-se no desenvolvimento de modelos que permitam à construção civil enfrentar e propor soluções aos principais problemas ambientais de nossa época, sem renunciar à moderna tecnologia e a criação de edificações que atendam as necessidades de seus usuários.