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Soluções para Arquitetura e Paisagismo.
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sábado, 18 de setembro de 2010

A Arquitetura e o Hospital do Futuro

Quando empreendemos a pesquisa a respeito do surgimento do hospital, nos deparamos com a questão de sua arquitetura pontuando a preocupação com a administração de cuidados, aos que necessitam de assistência, desde os mais remotos tempos da História. A partir do artigo de Antunes (1989), que preconiza o surgimento da “geografia hospitalar” como uma nova disciplina, observamos a preocupação com a implantação e a formatação destes espaços, no sentido de proporcionar adequada ambientação para as atividades desenvolvidas na prestação de cuidados à saúde.

“Muito antes que a medicina, a arquitetura foi a primeira arte a ocupar-se do hospital. A idéia de que o doente necessita de cuidados e abrigo é anterior à possibilidade de lhe dispensar tratamento médico.(...) Templos, conventos e mosteiros foram as primeiras instituições a recolher doentes e providenciar-lhes atenções especiais, como no culto a Asclépio na Grécia Antiga.” (Antunes, 1989, p. 227/228).

O desafio da arquitetura hospitalar de hoje é o de dotar estes espaços de conotações de acolhimento e familiaridade para o usuário, dotando a prática médica de um sentido de segurança e confiabilidade ao paciente, visando seu rápido restabelecimento e a minimização do seu sofrimento, finalidade primeira da instituição.

A HUMANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Uma nova experiência na implantação de hospitais pode ser observada a partir da criação da PLANETREE, uma organização sem fins lucrativos, criada na Califórnia, USA, em 1978, por uma paciente insatisfeita com o tratamento pouco humanizado e traumatizante a que foi submetida, durante a sua internação. Estes conceitos fazem parte, ainda, da crescente tendência de assistência à saúde que combina amenidades e suporte emocional eficiente ao lado de cuidados médicos de qualidade, que é o chamado Patient-Centered Care.

A princípio, estes novos conceitos, podem ser considerados apenas como um incremento na qualidade do atendimento à saúde, o que efetivamente se procura, nestes tempos de qualidade total. No entanto, mais do que isso, existem estudos quantitativos e tabulações que nos levam a enfatizar a concepção de ambientes mais humanizados e dotados de itens de conforto ambiental, para apressar a cura e a alta de pacientes em unidades de saúde.

A partir destes novos conceitos podemos dizer que um novo modelo de hospital está surgindo. Estes parâmetros são baseados na forte corrente da humanização que permeia os estudos e pesquisas sobre a arquitetura de instituições de saúde. O desenho do novo hospital está, acima de todas as outras determinantes, baseado solidamente na figura do paciente e na tradução de todos os seus direitos e aspirações enquanto usuário do sistema de saúde.

Jain Malkin preconiza um desenho de hospitais baseado em evidências (evidence-based design), assim como a medicina baseada em evidências (evidencebased medicine), apresentando alguns requisitos (MALKIN, 2003), que ela descreve da seguinte maneira:

• eliminar os fatores ambientais estressantes como ruído, falta de privacidade, iluminação excessivamente forte, baixa qualidade do ar interior;

• conectar o paciente com a natureza através de janelas panorâmicas para o exterior, jardins internos, aquários, elementos arquitetônicos com água etc;

• oferecer opções e escolhas para o controle individual incluindo privacidade versus ambiente social, controle da intensidade da luz, escolha do tipo de música no ambiente, opções de posições no sentar, silêncio e quietude versus áreas de espera “ativas”;

• disponibilizar oportunidades de socialização através de arranjos convenientes de assentos que promovam privacidade aos encontros de grupos de familiares, acomodações para a família e acompanhantes nos ambientes de internação e para pernoite nos quartos;

• promover atividades de entretenimento “positivas” como arte interativa, aquários, conexão com a Internet, música ambiente, acessibilidade a videos especiais com programas que possuam imagens e sons reconfortantes e adequados à assistência à saúde;

• promover ambientes que remetam a sentimentos de paz, esperança, reflexão, conexão espiritual, relaxamento, humor e bem estar.

O HOSPITAL DO FUTURO
Os projetos arquitetônicos do hospital do futuro implementam, com o desenho e a concepção dos seus ambientes, a agilidade no processo de cura, a facilitação da incorporação tecnológica e a presença do conforto ambiental, estabelecendo espaços que integram o paciente com a natureza e que embasam a nova abordagem de assistência à saúde, centrada no paciente como um todo e na integração do seu bem estar físico, psicológico e espiritual. As bases dos conceitos apresentados podem ser consolidadas em seis recomendações, orientando a implantação e conformando uma nova abordagem para o desenho de hospitais. São elas:

• ACOLHER o paciente, dotando os ambientes de acesso à unidade- as “portas de entrada”- de aspectos de conforto, ampla oferta de informações, sinalização conveniente, facilitação de fluxos, salas de espera acolhedoras, facilidades como comunicação telefônica, cantina, atendimento pelo Serviço Social, áreas especiais para crianças e agilidade nos acessos à ocorrências de gravidade acentuada ou alta complexidade.

• INFORMATIZAR os estabelecimentos, agregando ao projeto todas as premissas para um grande conforto na distribuição de rede lógica, que possa ser dimensionada e flexibilizada o suficiente para atingir pontos disseminados por todos os setores, com ênfase nos acessos de Emergência e Urgência, Postos de Enfermagem, Salas de Telemedicina, Centros Cirúrgicos, Serviços de Imagem e laboratoriais, prevendo, ainda a sua futura expansão.

• PROMOVER a saúde da população através da integração dos mais diversos programas de prevenção e promoção de saúde, destinando áreas e espaços adequados para a educação de saúde e o desenvolvimento de ações de treinamento, convivência, didática e qualificação de médicos, enfermeiros, atendentes e usuários, na direção da implementação das idéias do movimento das Cidades Saudáveis.

• FLEXIBILIZAR a concepção da estrutura física da unidade, dotando seu desenho de atributos arquitetônicos para a sua futura ampliação, incorporação de tecnologia, reformas e readequações, através de modulação do desenho, racionalização de circulações, setorização adequada de serviços, análise criteriosa do programa arquitetônico e estabelecimento correto do perfil da unidade.

• HUMANIZAR os ambientes, incorporando itens de conforto ambiental que sejam capazes de afastar os fatores estressantes inerentes aos espaços hospitalares, e tendo como principal foco de atenção e de cuidados projetuais os desejos, aspirações e necessidades do paciente e a sua total integração com a natureza, o respeito à sua individualidade e a visão de conjunto de sua saúde física, psicológica, social e espiritual.

• COMPATIBILIZAR tecnologia, conforto ambiental e agilidade de fluxos com uma criteriosa escolha na especificação de materiais e de acabamentos, sistemas construtivos, modulações, durabilidade, segurança e facilidades na sua manutenção, agregando conceitos de prevenção e controle da infecção hospitalar e de biossegurança, dotando os estabelecimentos de potencial para atingir muitos anos de uso, com ambientes satisfatórios, eficientes e sólidos.

A partir da disseminação e do uso dos conceitos apresentados, poderemos contar com ambientes de atenção à saúde construídos com o olhar voltado para o futuro e ara o atendimento integral dos agravos da população, colocando o indivíduo no centro das atenções projetuais, e redimensionando os espaços para a sua verdadeira e oncreta missão, de prestar conforto para os males e a promoção da saúde dos indivíduos.

ELZA MARIA ALVES COSTEIRA
MSc- PROARQ-FAU-UFRJ.
Créditos: Flex Editora

Arquitetura Hospitalar - Ambientes de Saúde

Para atender à demanda do Estado do Rio de Janeiro foi prevista a construção de duas unidades: um hospital com 200 leitos e um centro de reabilitação infantil. O sítio para a construção das duas unidades, indicado pelo então prefeito do Rio de Janeiro João Paulo Conde, a pequena ilha Pombeba na lagoa de Jacarepaguá, embora excelente por sua localização privilegiada, seria insuficiente para abrigar o extenso programa proposto para as duas unidades. Além disso, as posturas municipais para edificações na região que circunda a lagoa estabelecia uma ocupação de apenas 10 por cento da área total, ou seja cerca de 5.500m2, área suficiente para abrigar apenas o centro de reabilitação. áreas verdes adjacentes ao edifício ali implantado, a vegetação de restinga autóctone que outrora predominava em toda a região da lagoa. Na administração do Prefeito César Maia, que sucedeu à de João Paulo Conde, foi concedida à Associação das Pioneiras Sociais para a construção do hospital uma outra área maior (80.000m2) também próxima da lagoa Jacarepaguá e a uma distância de cerca de 3km da ilha Pombeba.

PROGRAMA

• Ambulatório
• Setor de imagem com ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrasonografia e dopler trans-craniano.
• Setor de eletromiografia.
• Sala de curativos.
• Sala de gesso
• Pequena oficina ortopédica.
• Salões para fisioterapia e hidroterapia.
• Ginásio com quadra de esportes
• Garagem para barcos.
• Setor de serviços gerais com vestiários para 130 funcionários , administração, manutenção, cozinha, almoxarifado, refeitório, centrais de abastecimento, etc.

DIRETRIZES BÁSICAS DO PARTIDO

As principais diretrizes do partido foram as seguintes:

• localizar o conjunto de edifícios na área degrada pela ocupação anterior, preservando toda a vegetação autóctone remanescente no perímetro da lagoa.
• não empregar galerias de tubulações semelhantes às dos demais hospitais da rede Sarah, devido ao afloramento do lençol freático em toda a área da ilha.
• utilizar sistema de iluminação e ventilação naturais em todo a unidade e, simultaneamente, a alternativa de ar condicionado para as áreas de diagnóstico e tratamento.

CONFORTO AMBIENTAL

O clima do Rio de Janeiro caracteriza-se pelas mudanças significativas de temperatura durante o ano inteiro, podendo ultrapassar 35 graus centígrados até nos períodos de inverno. Esse fato, reforçado pelo marketing das industrias de climatização, além de criar a cultura dos espaços herméticos permanentemente com ar condicionado, vem gerando entre os profissionais de arquitetura, um crescente desinteresse pelas alternativas de ventilação e iluminação naturais que além de mais econômicas, constituem fator importante para a humanização dos ambientes. Isto sem mencionar também o descaso pela proteção térmica das fachadas e coberturas, o que acarreta desperdício adicional de energia para o próprio funcionamento dos sistemas de refrigeração adotados. Além disso, a falta de integração entre os projetos de ar condicionado e os de arquitetura, dificulta a solução de questões técnicas importantes como, por exemplo, a acessibilidade aos dutos que, sem uma higienização sistemática, ficam infestados de fungos, ácaros e bactérias. Esse tipo de problema, no caso de hospitais, tem conseqüências muito graves porque se, por um lado, os dutos passam a ser também difusores de bactérias, incluindo naturalmente as patogênicas resistentes aos antibióticos, por outro, os pacientes, fragilizados por suas próprias doenças, tornam-se menos imunes a contrair as infecções. Ou seja, os ambientes tornam-se mais propícios a disseminação da infecção cruzada contribuindo eficientemente para o aumento da temida infecção hospitalar que assola a maioria dos nossos hospitais. Levando em conta todos esses aspectos, nossa proposta para o conforto ambiental dessa unidade baseou-se sobretudo nos seguintes cuidados:

• Emprego de sistemas de iluminação e ventilação naturais para todos os ambientes do edifício.

• Emprego alternativo de ar condicionado para as áreas de diagnóstico, tratamento e administração.

• Emprego de sistema de acionamento do ar condicionado de cada ambiente sincronizado com o do movimento motorizado das respectivas esquadrias dos sheds, de modo a facilitar a eventual alternância no uso dos dois tipos distintos de ventilação.

SISTEMA CONSTRUTIVO

O emprego generalizado de sistema de ar condicionado determinou o redesenho dos sheds de modo a criando-se em seu arcabouço nichos adequados para a passagem dos dutos de ar condicionado. Além disso, os pés direitos e as aberturas dos sheds também tornaram-se mais altos de modo a aumentar a velocidade de extração do ar quente que sobe por tornar-se mais leve. Os demais componentes da construção tais como estrutura metálica, divisórias em argamassa armada, etc, são idênticos aos utilizados nos demais hospitais da rede.

HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO

O terreno destinado ao hospital ocupa uma quadra de cerca de 80.000m2 situada próxima à Lagoa de Jacarepaguá em uma região baixa parcialmente inundada. Na época em que o projeto foi elaborado a malha urbana da região e os grades do sistema viário ainda não estavam completamente fixados. Os órgãos da prefeitura responsáveis pelo desenvolvimento urbano da região desaconselhavam a locação de pavimentos abaixo da cota 2m por estarem sujeitos a inundações provocadas pela eventual elevação do nível da lagoa. Além disso, cerca de 70% da área do terreno situada na cota média de 0,70m, apresentava uma espessa camada de turfa e de matéria orgânica que teriam que ser expurgados para a realização de qualquer tipo de construção ou de pavimentação. Assim, sob o ponto de vista econômico os indispensáveis aterros para a implantação do edifício e para a própria modelação do terreno destinada à execução do sistema viário interno
passaram a exigir um cuidado especial.

DIRETRIZES BÁSICAS DO PARTIDO

• adoção de uma solução horizontal com áreas de tratamento e de internação integradas a espaços verdes segundo os padrões dos demais hospitais da rede.
• aumentar o potencial de flexibilidade dos espaços internos em comparação com as demais unidades da rede em função sobretudo da maior complexidade desse hospital que deverá absorver a demanda de toda a região sul do país.
• criar sistema de iluminação natural para todas as áreas do hospital com exceção do centro cirúrgico e salas de equipamentos em que por motivos exclusivamente técnicos seja recomendável a iluminação artificial.
• criar sistemas alternativos de ventilação natural e ar condicionado privilegiando o primeiro de modo a permitir que os ambientes se mantenham abertos durante a maior parte do ano.
• criar, na cota 2m recomendada, um pavimento técnico em toda a extensão do hospital, evitandose os aterros onerosos que seriam necessários no caso do emprego de galerias semelhantes às dos demais hospitais da rede.

Assim, foram projetadas grandes coberturas com pés direitos variáveis superiores a 8m formando grandes sheds cuja disposição é totalmente desvinculada da organização dos espaços internos. Os tetos planos dos ambientes são constituídos de peças basculantes em policarbonato guarnecidas por caixilhos metálicos. O espaço resultante entre os tetos e as cober turas, com pés direitos sempre superiores a 4m, constituem ao mesmo tempo um grande colchão de ar ventilado e um difusor da luz solar que penetra pelas aberturas dos sheds. Os apartamentos da internação se desenvolvem em dois níveis e suas respectivas circulações se integram a um espaço central de convivência com pé direito duplo. O teto em arco é guarnecido por caixilhos de policarbonato que se abrem através de sistema motorizado de corre, permitindo a ventilação natural de todo o ambiente. Os tetos dos salões da fisioterapia e hidroterapia também são constituídos de coberturas em arco com vãos variáveis e sistema de ventilação e iluminação semelhantes ao do espaço de convivência. O auditório foi tratado como um volume independente de base circular com 36m de diâmetro guarnecido em seu topo por uma semi-esfera com 13m de diâmetro. Sua forma geométrica é bem definida facilitando sua produção industrializada, embora sua implantação, como melhor convinha à solução do espaço interno, ocorra segundo um plano inclinado em relação ao eixo da geratriz da superfície.

CONFORTO AMBIENTAL
A ventilação e conforto térmico dos ambientes são proporcionados pela seleção de três alternativas distintas:
• ventilação natural exclusivamente pelos basculantes do teto ou pelas grandes aberturas dos tetos em arco previstos no salão central de convivência, na fisioterapia e hidroterapia.

• ventilação natural forçada, através de dutos visitáveis, que insuflam nos ambientes o ar captado por unidades fan-coil no piso técnico. A extração dor ar é feita através dos basculantes do teto parcialmente abertos.

• ar refrigerado insuflado através dos mesmos dutos da alternativa anterior impulsionado pelas unidades fan-coil, que passam a receber circulação de água gelada produzida na central frigorígena localizada no páteo de serviço.

Neste caso, os basculantes do teto e aberturas dos tetos em arco do salão central da internação, da fisioterapia e hidroterapia serão fechados através de sistema motorizado acionado por interruptores ou por controle remoto. No centro cirúrgico, salas de equipamentos do setor de imagem e em alguns ambientes especiais, os basculantes de policarbonato serão substituídos por forros metálicos e sua iluminação será sempre artificial. No auditório circular também foi prevista a alternativa de iluminação e ventilação naturais através da abertura da semi-esfera com 13m de diâmetro localizada no topo da cobertura. O ar externo penetra no piso técnico em toda a fachada ao longo da qual se desenvolve um jardim de água que recebe as águas pluviais de todo o lote, lançando-as diretamente na lagoa de Jacarepaguá.

SISTEMA CONSTRUTIVO
A estrutura do piso técnico é constituída de vigamento metálico vencendo vãos de 2,50m, 3,125m, 3,75m ou 5m apoiado em pilares também metálicos que recebem, por sua vez, as cargas das lajes pré-fabricadas em argamassa armada com 0,625m de largura e comprimentos variáveis de 2,50m, 3,125m ou 3,75m. Essas lajes possuem armação de incorporação ao contra-piso armado executado após sua montagem. A estrutura do auditório é constituída de vigamento radial engastado em anel metálico superior com 13m de diâmetro e em anel de concreto inferior apoiado em pilares também de concreto. O anel superior é coberto por uma semi-esfera constituída de gomos móveis executados em alumínio. A estrutura dos solários é independente e constituída de duas plataformas metálicas, uma em cada nível dos dois pavimentos da internação. Essas plataformas são engastadas respectivamente em cada um dos lados de um pilar em treliça metálica rotulado ao nível do solo. O sistema estrutural é completado por quatro tirantes ancorados no solo e no topo do mastro e que constituem também os apoios laterais das plataformas.
 
Créditos: ARQ. PROF. DR. JOÃO FILGUEIRAS LIMA 

Quem tem medo da Arquitetura Hospitalar?

A partir dos conceitos que devem orientar os arquitetos na busca de hospitais mais eficientes e adequados aos novos tempos, podemos dizer que um novo modelo de hospital está surgindo. Estes parâmetros são baseados na forte corrente da humanização que permeia os estudos e pesquisas sobre a arquitetura de instituições de saúde. O desenho do novo hospital está, acima de todas as outras determinantes, baseado solidamente na figura do paciente e na tradução de todos os seus direitos e aspirações enquanto usuário do sistema de saúde.

Neste sentido o livro “Quem tem medo da Arquitetura Hospitalar?” apresenta uma coletânea de artigos reunidos pelo professor Antonio Pedro de Carvalho, fruto de sua experiência como professor e organizador do Curso de Especialização de Arquitetura em Sistemas de Saúde da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia.

As reflexões e discussões sobre o intrincado tema da arquitetura de ambientes de saúde presentes no livro são apresentadas em importantes tópicos com enfoque em alguns espaços estratégicos e relevantes dos prédios hospitalares, apontando soluções e exemplos de projetos que visam compatibilizar as normas e diretrizes da Vigilância Sanitária com a forte e inexorável tendência da humanização destes ambientes, além de sua flexibilidade frente às rápidas mudanças e avanços tecnológicos que trazem impactos à sua concepção.

A coletânea se inicia com exemplar artigo do professor Fábio Bitencourt que aborda a questão da sustentabilidade e a urgência da incorporação de seus conceitos e parâmetros nos projetos de atenção à saúde, não só pela relevância do tema como também pelo menor custo de manutenção e pela qualificação funcional e assistencial destas instituições.

Algumas importantes premissas dos projetos arquitetônicos são abordadas nos capítulos subseqüentes, tendo como fio condutor a busca pela humanização dos ambientes, na sua função de acolher o paciente, facilitar o trabalho da equipe e garantir a necessária qualificação dos espaços. Reflexões acerca de projetos para Bancos de Leite, Farmácias Hospitalares, Serviços de Hemodinâmica e Hospital-Dia são apresentadas de forma detalhada, analisando fluxos, hierarquizando espaços e apresentando exemplos de plantas e distribuição de setores. Ambientes como Internação Pediátrica, Laboratório de Microbiologia, Unidades de Reabilitação e de Terapia Semi-Intensiva complementam a obra, esclarecendo dúvidas e apontando caminhos e soluções para o aprimoramento dos projetos hospitalares.

Os artigos que integram a coletânea apresentam trabalhos de pesquisadores de diversas procedências como Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Bahia entre outros, com bibliografia fartamente disponibilizada, ampliando a reflexão sobre os temas hospitalares e levando sua discussão aos mais diversos pontos do país, como que unindo os profissionais no questionamento dos conceitos inerentes às instituições de saúde. Com a contribuição do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária é, certamente, obra relevante e indispensável aos profissionais envolvidos com o assunto e integra a coletânea de publicações do autor/organizador que se iniciou com os Anais do II Seminário de Arquitetura Hospitalar (1997), seguido pelos livros Temas de Arquitetura de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (2002) e Arquitetura de Unidades Hospitalares (2004), alimentando, aprofundando e ampliando o debate sobre o tema.

Elza Maria Alves Costeira
M Sc em Arquitetura - Doutoranda do PROARQ- FAU/UFRJ. Pesquisadora do Grupo “Espaço Saúde”, PROARQ FAU/UFRJ. Professora do curso Politécnico de “Design de Interiores” da Universidade Estácio de Sá e do curso Técnico em Design de Interiores do SENAC- RIO. Membro da Diretoria Regional Rio de Janeiro da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.
Créditos: Flex Editora

Investimentos - hospitalares a partir de 2010

São Paulo é referência em medicina. Estão aqui não só os melhores hospitais como os grandes profissionais da área de saúde. Só o sistema público realiza 87.000 consultas por dia, de pessoas vindas de todos os lugares do país. O particular, outras 58.000, porém os hospitais paulistanos andam cheios.

Hoje, a taxa de ocupação da maior parte das instituições particulares é igual ou superior a 85% – como o movimento, costuma cair aos sábados e domingos, isso significa que durante a semana os hospitais estão quase sempre lotados.

Em quatro anos, o orçamento para o Sistema Único de Saúde (SUS), programas e investimentos na área de saúde cresceu R$ 14 bilhões: de R$ 22,5 bilhões para R$ 36 bilhões. Ainda assim, é pouco, na comparação com outros países. O Brasil gasta anualmente com saúde, por habitante, metade do que a Argentina gasta.

5.563 Municípios brasileiros receberão R$ 1 a mais por habitante para o financiamento da atenção básica à saúde pública. Anualmente, os repasses para este fim serão de R$ 18 por pessoa. O aumento, equivalente a R$ 191,4 milhões anuais, é destinado à prevenção de doenças, promoção e reabilitação da saúde da população.

Ao todo, os Municípios devem receber o valor fixo de R$ 3,4 bilhões por ano. “É importante lembrar aos gestores que os recursos são destinados às ações de atenção básica de saúde, antes dos investimentos, eles devem identificar quais as maiores necessidades deste setor e usar os recursos para solucionar essas carências.

Este acréscimo passou a valer desde julho de 2009. Portanto, os Municípios deverão receber os valores retroativos de dois meses. Cerca de 0,08 centavos por habitante - R$ 1 dividido por 12 meses.

Apesar do reajuste publicado pelo Ministério da Saúde, a metodologia utilizada pelo Ministério para calcular o incentivo com base na população de 2008, deixa um déficit de mais de 1,8 milhão de habitantes. Uma perda de R$ 33,6 milhões para os Municípios brasileiros, segundo a Confederação. Segundo a frente, dos 27 estados brasileiros, apenas sete investem 12% do que arrecadam em saúde. Com isso, o setor perdeu R$ 11 bilhões nos últimos sete anos.

Vale ressaltar que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a estimativa populacional para 2009 em 14 de agosto de 2009, com um total de 191.480.630 habitantes. As regiões mais prejudicadas são a Sudeste – menos R$ 13 milhões – seguida da Nordeste que perde R$ 9 milhões.

Apartir de 2003, a parcela de habitantes com 60 anos ou mais cresceu 17% na cidade. No mesmo período, cerca de 1 milhão de paulistanos aderiram a um plano de saúde e passaram a usá-lo com freqüência – segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 6,4 milhões de moradores da capital são conveniados. Os centros médicos responderam com uma expansão que fazia muito tempo não se via. Vinte grandes grupos privados anunciaram investimentos somados de 2,2 bilhões de reais em novas instalações e equipamentos de ponta, parte deles vinda de uma linha de crédito do BNDES.

Até 2012, a expectativa é que surjam 1.800 novos leitos. Para se ter uma ideia do tamanho da revolução, o Instituto Central do Hospital das Clínicas conta com 980 leitos.

HCOR

Novidades • Duas torres estão em construção. Em uma delas vai funcionar o hospital-dia. Na outra, salas para cirurgias de alta complexidade e UTI’s, além de um centro de convenções
Previsão de inauguração • Em agosto, deve ser aberto o hospital-dia, com entrada pela Rua Bernardino de Campos. Em dezembro de 2011, o outro prédio, no terreno em frente.
Investimento • 95 milhões de reais

ALBERT EINSTEIN

Novidades • Um prédio para tratamento de doenças complexas: como câncer e insuficiência renal e outro administrativo, ambos na unidade central, no Morumbi, um hospital-dia com dezesseis andares.
Previsão de inauguração • Julho de 2012
Investimento • 500 milhões de reais

OSWALDO CRUZ

Novidades • Sete centros especializados em doenças como câncer de mama e diabetes, além de um prédio de vinte andares onde vai funcionar um complexo cirúrgico.
Previsão de inauguração • Até o fim do ano, todos os centros devem estar funcionando. O novo edifício é para setembro de 2011.
Investimento • 250 milhões de reais

SAMARITANO

Novidades • Vai ganhar um edifício de quinze andares, onde haverá um instituto de pesquisa, laboratório e salas cirúrgicas com mesas que fazem movimentos de rotação e translação
Previsão de inauguração • Novembro de 2010
Investimento • 123 milhões de reais

BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
Novidades • A reforma pretende elevar o padrão de conforto do hospital, com nova mobília nos quartos. O centro cirúrgico será modernizado e o pronto-socorro terá o dobro do tamanho atual. Parte do investimento será para a compra de equipamentos, como o tomógrafo da foto acima
Previsão de inauguração • Junho de 2015
Investimento • 110 milhões de reais


SÍRIO-LIBANÊS

Novidades • Uma torre de dezoito andares com vinte salas de cirurgia e sessenta leitos de UTI equipados com câmeras que permitem aos enfermeiros observar a imagem dos doentes, bem como seus sinais de vida.
Previsão de inauguração • Outubro de 2012
Investimento • 450 milhões de reais


OUTROS GRUPOS DE SAÚDE

MEDIAL SAÚDE • Seu nono hospital será construído na região metropolitana. Ele ficará na Avenida Brigadeiro Luís Antônio e deve abrir em julho de 2010.
Investimento • 110 milhões de reais.

AMILPAR • Inaugura em março de 2010 de seu quinto hospital na cidade. O Vitória trará 233 leitos, maternidade e um centro de diagnósticos ao Jardim Anália Franco, na Zona Leste.
Investimento • 100 milhões de reais.

SABARÁ • Em março de 2010, o hospital especializado no atendimento às crianças se mudará do bairro da Consolação para Higienópolis. No novo endereço, da Avenida Angélica, as instalações triplicarão de tamanho.

Investimento • 85 milhões de reais.

SANTA ISABEL • O anexo onde os médicos da Santa Casa atendem pacientes particulares, em Santa Cecília, foi modernizado e terá, até o fim do ano, uma segunda unidade, em um prédio inicialmente planejado para ser hotel de luxo.
Investimento • 70 milhões de reais.

NOSSA SENHORA DE LOURDES • Devem ser inaugurados até dezembro 43 apartamentos, além de um setor de oncologia e um centro cirúrgico. Há um projeto de reforma do edifício antigo, no Jabaquara, cujas instalações estão defasadas.
Investimento • 70 milhões de reais.

BANDEIRANTES • Está em obras para a construção de um bloco de onze andares, no mesmo endereço, na Liberdade.
Investimento • 50 milhões de reais

SANTA JOANA • A maternidade do Paraíso onde nascem mais de 12 000 paulistanos por ano terá, até 2011, um novo bloco de oito andares.
Investimento • 50 milhões de reais.

LEFORTE • Espera o habite-se para ser inaugurado, no Morumbi. Terá 105 leitos e pronto-socorro adulto e infantil.
Investimento • 42 milhões de reais.

NOVE DE JULHO • A compra de um antigo flat na Rua Peixoto Gomide, em Cerqueira César, permitiu um rearranjo geral. A partir de novembro, os consultórios ficarão no novo espaço, junto com o centro de reabilitação.
Investimento • 40 milhões de reais.

SÃO CAMILO • Uma ala com oitenta leitos, em fase de acabamento, será agregada à unidade da Pompéia. No hospital de Santana, a área administrativa vai dar lugar a trinta novos quartos.
Investimento • 40 milhões de reais.

CEMA • Especializado em otorrinolaringologia e oftalmologia, planeja instalar seis unidades de bairro até 2012. A próxima será aberta em Interlagos, no início do ano que vem.
Investimento • 12 milhões de reais.

EDMUNDO VASCONCELOS • Conhecido por muitos pelo antigo nome, Gastroclínicas, na Vila Clementino, atende a 44 especialidades. Neste ano, vai inaugurar um auditório e uma área de diagnósticos por imagem.
Investimento • 12 milhões de reais.

SANTA CATARINA • Ampliou seu centro oncológico. A unidade de radioterapia, na Avenida Paulista, está prevista para o início do ano que vem.
Investimento • 5,2 milhões de reais.

SANTA PAULA • naugurou há duas semanas uma UTI para pacientes da neurologia na Vila Olímpia. Em agosto começará a mexer na Emergência, cuja área será dobrada.
Investimento • 4 milhões de reais.

Instituto do servidor vai investir R$ 34 milhões
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) vai investir R$ 34 milhões até o final do ano que vem. O valor será investido na reformas das instalações e na compra de equipamentos para melhorar o atendimento e modernizar os serviços oferecidos aos seus usuários. Serão R$ 14,7 milhões destinados a obras, sendo R$ 4,6 milhões investidos ainda este ano e outros R$ 10,1 milhões no ano que vem.O Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), irá investir esse valor em equipamentos de tratamento de câncer, radioterapia, ultrassonografia com Doppler, de anestesia, monitores cirúrgicos, reformas na área de radiologia, nos banheiros, ambulatórios, pronto- socorro, leitos e outras áreas do hospital, ampliando assim os seus recursos e facilitando o serviço prestado.

Setor produtivo da saúde recebe R$1 bilhão em investimento
Um acordo de R$ 1 bilhão promete dar um novo impulso para o setor produtivo na área de saúde nos próximos cinco anos. A cooperação, envolvendo esse montante, foi firmada nesta segunda-feira entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). A parceria permitirá o investimento tanto no setor público como privado em áreas de inovação e de produção. Os principais enfoques da parceria são: produção de fármacos, novas vacinas e medicamentos fitoterápicos. O complexo industrial da saúde passa a contar, por exemplo, com a mudança no modelo de gestão da Fiocruz para estabelecer parcerias. A Fiocruz poderá encubar empresas de base tecnológica em novas biotecnologias com o financiamento de risco do banco. Pelo acordo, a fundação subsidiará a definição de ações estratégicas do BNDES no campo de produção e inovação em saúde, fornecerá informações para as políticas e programas do banco direcionadas ao setor e realizará estudos de viabilidade técnico-científicos para produtos inovadores. Um dos principais objetos do convênio é estabelecer parcerias público-privadas, que têm produzido retornos significativos, tanto na economia financeira como em transferência de tecnologia. Além da produção nacional do genérico Efavirenz, o Ministério da Saúde anunciou, neste ano, 9 parcerias entre sete laboratórios públicos e 10 empresas privadas para a produção de 24 fármacos a serem utilizados por pacientes do SUS. Uma economia anual de R$ 160 milhões. A cooperação também permitirá a consolidação da pauta estratégica da Fiocruz no campo da infraestrutura tecnológica, que prevê a finalização do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), em construção no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro; o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico (CIPBR) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/ Fiocruz); e o projeto de produção de insulina do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/ Fiocruz). O Termo de Cooperação contempla, ainda, o desenvolvimento sustentável, que envolve o trabalho com a biodiversidade, no campus de Jacarepaguá da Fiocruz, com a produção de medicamentos fitoterápicos. Temporão também destacou que o Termo de Cooperação possibilitará a ampliação da instalação de novas unidades da Fundação pelo país, como em Curitiba, Ceará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Brasília e Rondônia, permitindo o desejado desenvolvimento regional de tecnologia em saúde.


A nova tendência na arquitetura hospitalar
Aspectos estéticos e funcionais dos ambientes hospitalares, que podem às vezes passar despercebidos aos leigos, mas possuem grande influência no tratamento de pacientes. Por isso, cada vez mais médicos buscam construir suas clínicas e hospitais já com características de arquitetura hospitalar. As obras hospitalares têm ganhado novos ares e raramente parecem com os antigos hospitais. Iluminação farta, mistura de cores, escadarias e acabamentos bem elaborados colaboram com o conforto dos pacientes e seus acompanhantes. Prédios totalmente brancos, com pouca iluminação e janelas econômicas deprimem as pessoas. A arquitetura não é remédio, é uma informação subliminar e abstrata que influencia no bem estar e recuperação dos pacientes e no aproveitamento do espaço e da racionalização para agilizar o trabalho dos funcionários.Qualquer mudança, reforma ou construção na área de saúde necessariamente exige a participação de profissionais especializados na área de arquitetura. Um projeto para um hospital ou qualquer outro local ligado à saúde exige estudos profundos, para se atingir a perfeita combinação entre os conceitos de arquitetura, tecnologia, conforto, bem-estar, sempre de acordo com as leis e orientações da Vigilância Sanitária, ANVISA e outros órgãos de saúde. As construções precisam acontecer de uma forma flexível para que componentes da infra-estrutura caminhem livres e acomodem futuras mudanças. Os ambientes precisam ser versáteis. A obra precisa também ser prática para facilitar a manutenção e limpeza, que são atividades diárias mais constantes ali que em outros lugares. Reformas são muito complexas e num hospital é necessário levar em consideração os componentes como esgoto e ar-condicionado, que causariam muita demolição em reconstruções.
 
Créditos: Flex Editora

O que pisar quando o assunto é piso

Nos últimos anos podemos dizer que houve um crescimento extraordinário no setor de pisos. Se compararmos com os modelos e lançamentos de sete, oito anos atrás é praticamente uma revolução, que agrega valores em termos de qualidade tecnológica aos produtos cerâmicos, porcelanatos e aos artefatos de cimento (desenvolvidos a base de cimento de alta resistência), bem como aos sintéticos, vinílicos e têxteis.

É grande a necessidade de adequar a especificação do piso à sua finalidade, tanto em ambientes internos quanto em externos, mas não se esqueçam de aspectos relacionados à manutenção.
Tanto no Brasil quanto no exterior, existe uma forte tendência em atender ao apelo ecológico e do minimalismo na conceituação de projetos de arquitetura, e no acabamento, que traz de volta o emprego da madeira no revestimento de pisos e paredes, com suas alternativas em laminados industrializados, isso se aplica também aos cerâmicos com inspiração em elementos naturais, em suas cópias perfeitas, proporcionadas por tecnologias de última geração, como os porcelanatos com aspecto de madeira e granitos.

O avanço tecnológico proporcionou mais opções, hoje temos, por exemplo carpetes que, devido às características especiais, não acumulam sujidades, poeiras, podem ser lavados semanalmente, muito diferentes dos primeiros carpetes em placas fornecido, afirma a Arquiteta Sônia Aquino, coordenadora de projeto de interiores da Edo Rocha Espaços Corporativos com mais de 25 anos de experiência no segmento.

No Brasil ainda se usa muita pedra natural, em parte por uma questão cultural, e por causa do custo acessível, mas isso já está mudando rapidamente. Os pisos reciclados e as cerâmicas para exteriores estão cada vez mais acessíveis e tendem a tomar conta desse espaço, como já ocorre no mercado internacional, no qual os produtos naturais estão cada vez mais escassos e com custo proibitivo. Infelizmente a especulação imobiliária mais uma vez preocupada apenas com o lucro, e rapidamente incorporou esse apelo ecológico de uma forma oportunista.

Várias empresas têm desenvolvido linhas especiais (pisos especialmente) que proporcionam facilidade a cadeirantes, deficientes visuais, etc. Mesmo porque, segundo recentes normas locais vigentes, este fator passou a ser lei, e deve ser incorporado nos projetos em desenvolvimento.


Pisos externos
Os pisos para exteriores devem oferecer boa resistência ao tempo e a patologia, deve ser pouco escorregadio e que não necessitam de grandes cuidados na manutenção. As pedras calcárias, como Goiás ou Mineira, também são apontadas como soluções para o revestimento de áreas de piscina, por não reter calor e possuir certa permeabilidade, o que evita a formação de lâminas d’água, gerando menor impacto ambiental e de vizinhança.

O piso externo deve ser antiderrapante, dispensando lavagens constantes e, dependendo da aplicação, como uma textura mais rústica e, de preferência, ser permeável, do tipo assentado sobre berço de areia, como os intertravados e os mosaicos portugueses, destinadas a tráfego intenso de pessoas, que requerem pouca manutenção, e que também podem ser utilizadas internamente e em fachadas, pois são resistentes ao calor, sol e à umidade. Também se aplicam nesse caso as linhas em porcelanato, com peças em dimensões e acabamentos variáveis, para áreas de pouco ou intenso tráfego.


Revestimentos cerâmicos
A partir do aprimoramento industrial, o produto deixou de ser privilégio de recintos religiosos e palácios para revestir todos os tipos de ambientes. “O advento de novas tecnologias tornou o revestimento um produto durável, de fácil limpeza, resistente, antialérgico, impermeável, altamente decorativo e acessível a todas as condições financeiras”.

Entretanto, a maior evolução deste segmento no Brasil se deu a partir de meados dos anos 90, com o início da fabricação do porcelanato no país. Sua obtenção se dá a partir de matérias-primas de grande pureza, submetidas a tratamento térmico e pressões de compactação superiores às utilizado na produção de placas cerâmicas convencionais.

Tapetes e carpetes
O processo convencional de fabricação perdeu espaço para a técnica tufting, surgida na década de 50 que foi responsável pela popularização do carpete nas residências e posteriormente nos ambientes corporativos. No antigo método – também conhecido como agulhado –, as fibras componentes são cardadas e recebem uma retina para ancorar os fios. Desta técnica resultou as forrações, que são muito utilizadas em revestimentos para feiras ou ambientes com grande circulação de pessoas e mercadorias.

Já na técnica tuning, o filamento é continuo e garante características superiores ao trançado, que é feito com apenas um fio. O trançado desse modelo tem formato bouclê – também chamado de curvas ou loop, pêlo cortado ou veludo, em virtude da aparência uniforme e lisa, e mesclado, ou cut loop, que dispõe os dois tipos. Entretanto, ambos os modelos contam com qualidades superiores de conforto térmico e acústico e são capazes de proporcionar espaços diferenciados, além de dar valor no que diz respeito ao bom gosto decorativo.


Pisos laminados
Capazes de combinar com qualquer estilo de ambiente, os pisos laminados de alta resistência apresentam como diferencial alta durabilidade, facilidade de instalação e manutenção, além de maior estabilidade dimensional quando expostos a variações térmicas. Esses revestimentos geralmente são fabricados a partir de HDF (High Density Fiberboard), uma chapa de madeira reconstituída a partir de pinus. A robustez da madeira e as técnicas garantem ao produto maior resistência ao empenamento, ao impacto, ao peso das peças de mobiliário e a manchas. Já os pisos laminados em madeira são feitos com laminas de 7mm de espessura em larguras e comprimentos variados. Apresenta como principal característica a beleza do produto in natura, onde cada régua tem seu desenho e tonalidades exclusivos.

O verniz aplicado em sua superfície é produzido com alta tecnologia e apresenta diferentes níveis de resistência e desgaste e riscos. Indicados para residências ou ambientes de trafego leve, apresentam facilidades de instalação, limpeza e são antialérgicos.

Pisos melamínicos
São fabricados a partir da impressão do papel com resinas (fenólicas e melamínicas) e se classificam de duas maneiras: placas de alta pressão, que coloca-se diretamente no contra piso com adesivo de contato e placas de alta resistência. As duas são iguais, diferem na colocação. As laminadas são prensadas numa base rígidas dotadas de encaixe do tipo macho-e-fêmea. Essas bases variam de acordo com a marca do laminado (HPP, HDF e MDF).

As placas de alta resistência são apenas encaixadas e colocadas uma na outra, e só depois fixadas no piso e finalizadas com rodapé. É conhecido como flutuante em razão do encaixe. O acabamento usado nos melamínicos é uma película resistente e durável que suporta até móveis com rodízios de poliuretano. É de fácil limpeza.

É utilizado para revestimento de móveis, ambientes, tanto nas paredes quanto nos pisos, e até mesmo no forro ou fachada. A camada superior é composta por lâminas de celulose impregnadas com resina melamínica, coberta com partículas duras de óxido de alumínio.

Praticamente, é impossível acontecer mudanças de tonalidades sob efeito de luz solar ou elétrica em função da melamina existente na camada superior do piso.

Convencional
Recomendado para ambientes internos e residenciais e ambientes comerciais de tráfego equivalente ao de áreas residenciais.


Fogo retardante
Os mesmos que o anterior, com a prioridade adicional de retardância à chama.

Reforçado
Recomendado para ambientes internos em áreas comerciais, hospitais e escolas com tráfego mais intenso que os ambientes residênciais.

Reforçado/fogo retardante
Os mesmos que o anterior, com a prioridade adicional de retardamento de chama.

Este produto só deverá ser instalado quanto o restante da construção (paredes, forro, pintura, gesso, etc) estiver totalmente pronto.

O Piso Melamínico possui vários acessórios, como rodapés e perfis de transição entre os ambientes, que combinam com todos os padrões dos pisos, o que possibilita um acabamento perfeito.

O contra-piso que irá receber o Piso Laminado deverá estar plano, firme, estável, limpo e seco. Todas as irregularidade ou infiltrações devem ser corrigidas antes de receber o produto.

O Piso Laminado de Alta Resistência é um produto totalmente ecológico e hipo-alergênico. Por este motivo, não é adicionado à sua produção nenhum veneno contra cupim.

Abaixo os principais campos de aplicação dos pisos melamínicos segundo a arquiteta Suelen Scherubin:


Pisos elevados
Desenvolvidos para a interligação dos equipamentos e dar vazão ao ar condicionado insuflado pelo piso em centros de processamento de dados (CPDs). Há 40 anos no mercado, este dispositivo evoluiu junto com a tecnologia, seguindo a mesma tendência dos produtos eletroeletrônicos, e hoje é peça imprescindível no setor corporativo, tanto para agilizar as mudanças de layout quanto para permitir a flexibilidade na instalação do cabeamento estruturado, entre outras soluções de caráter arquitetônico e funcional para a infra-estrutura e informática, auxilia também na questão estética deixando o ambiente mais clean, preparando o imóvel para receber qualquer tipo de tecnologia com economia na manutenção e remanejamento, conquistando assim seu espaço nos escritórios.
Os produtos aparentam ser iguais, mas a matéria-prima e o processo de fabricação, o fazem a diferença no seu desempenho, durabilidade, resistência e custos com manutenção por causa de sua sustentação regulável.

Os pisos elevados podem ser produzidos em aço (externamente) e concreto leve (internamente), aço e madeira, polímeros plásticos (policarbonato), apenas madeira ou apenas concreto. Os pisos diferem também no tipo de modulação, na resistência, nos materiais e na capacidade de regulagem de altura. A madeira, por exemplo, apresenta pouca durabilidade, já que em ambientes com muita umidade ela se deteriora rapidamente, enquanto o aço pode ser inclusive, removido de um local a outro.

O piso elevado possibilita um novo sistema de condicionamento de ar para escritórios e áreas afins, formando um “plenum” para a injeção de ar entre o piso e a laje. Neste caso, o princípio utilizado é o da insuflação em baixa pressão, de baixo para cima, o que provoca uma estratificação do ar, já que o ar quente sobe, deixando o ar refrigerado na área de uso. Existem grelhas lineares e redondas que podem ser direcionadas, proporcionando maior conforto ao usuário. No caso dos escritórios, recomenda-se que o piso seja resistente às constantes obras e esteja preparado para receber qualquer tipo de revestimento: carpete, vinil, granito, cerâmica, porcelanato. Para isso, deve possuir um acabamento perfeito, plano e apresentar um rigor dimensional que não interfira no revestimento que será aplicado sobre ele. Já os projetos de Data Centers necessitam, por exemplo, de pisos com resistência e estabilidade superiores para instalação de equipamentos pesados e ultra- sensíveis, com revestimento em laminado melamínico antiestático.


Escritórios
Para a Arquiteta Sônia Aquino, na hora de escolher um revestimento para um projeto de interiores ,deve-se levar em conta primeiramente o uso do espaço (área de escritório, serviço, reuniões, etc); em segundo lugar o aspecto estético x custo. Também é muito importante o item manutenção e durabilidade ao longo do tempo, assim como o perfil do cliente e o conjunto de outros acabamentos como forro ,revestimentos de paredes.

Para a área corporativa a grande tendência é a procura por fornecedores preocupados com as questões de meio ambiente, Leed ,sustentabilidade, etc. Para ela as tendências nacionais e internacionais de certa forma convergem, uma vez que os representantes trazem rapidamente os lançamentos para nosso conhecimento (ex: pisos vinílicos para área de trabalho em escritório).

Ocorre que algumas vezes alguns pisos como lançamentos mais recentes, que não existem em estoque local, o que dificulta o uso nas áreas corporativas onde os prazos são muito curtos e se procura optar por materiais pronta entrega no país.

Para a arquiteta Sônia Aquino, em geral os maiores desafios são os de ordem econômica (alguns clientes tendem a preferir produtos de menor valor considerando apenas este fator) e também de ordem técnica: absorção de ruídos em Escritórios, por exemplo é um item que deve pesar na escolha de todos os revestimentos, principalmente em projetos de escritórios.

O uso de madeirados sintéticos tem crescido vertiginosamente devido às vantagens econômicas e excelente aspecto estético, além da questão da preservação de recursos naturais.

Para ambientes que exigem baixo nível de ruídos e nos quais o piso é submetido a tráfego intenso de pessoas e à movimentação constante de rodízios de cadeiras e carrinhos, como os escritórios, as possibilidades de escolha recaem especialmente sobre os carpetes e alguns tipos de pisos vinílicos. Foram lançadas no mercado as placas vinílicas, perfeitamente adequadas ao piso elevado, e que, além das características já citadas anteriormente, quanto a cores e manutenção, estão disponíveis até mesmo com capas de uso em PVC, que abafa os ruídos, e poliuretano de alta resistência ao desgaste e a agressões.

Os carpetes, principalmente os confeccionados em fibras sintéticas, como e poliuretano, contam com controle estático, tratamento antichama e não amassam. Um importante benefício do carpete é sua intensa propriedade de isolamento acústico; absorve ruídos e cria um ambiente relaxante e com alta fidelidade sonora. Suas propriedades antialérgicas e de isolante térmico são outras vantagens que os destacam nesse contexto. As possibilidades decorativas e opções de desenho são imensas devido a grande variedade de cores, padrões e texturas disponíveis. Pode ser utilizado em rolo ou em placa.

A previsão é que os bouclés com padrão randômico e texturizados devem entrar com força
nesse segmento, bem como em outros espaços institucionais e comerciais.

Recepções e até mesmo salas de reunião permitem o uso de outros materiais, como granitos e pisos cerâmicos, altamente resistentes ao desgaste, e madeira, abrindo ainda a possibilidade para o uso de tapetes como elemento decorativo e para maior conforto acústico.

Ressalta ainda que as cores mais usadas, especialmente na área corporativa são as cores neutras (beges, cinzas, argila, etc). Recentemente tem sido bem aceito o tom grafite, que se mixa bem com quase todos os madeirados e carpetes. Cores mais vivas (cítricas, quentes, etc) são usadas em situações controladas, sempre fazendo contraste com os neutros (em circulações, áreas específicas como reuniões, painéis, etc).


Escolas
Por suas características, os pisos vinílicos, ainda que com exigências menores, também são as vedetes no ambiente escolar. Resistentes a manchas, ao intenso e contínuo tráfego, essa família de pisos – na qual se incluem as novas versões do linóleo –, disponíveis em placas ou mantas, são laváveis e de fácil conservação, pois parte deles dispensa a aplicação de ceras e outros protetores.

Com grande variedade de tons, esse tipo de produto permite a mais variada combinação de cores e formas, essenciais para a criação de ambientes alegres ou suaves, e ainda, conforme da coleção, pode ter resistência acústica. A garantia, dependendo do fabricante, pode chegar a 10 anos.

Pisos frios, como cerâmicas e pedras polidas, e madeira, devem ser lembrados para o revestimento de recepções, salas de professores e diretoria, e, ainda, para estes últimos, pisos têxteis de alta resistência, como os usados em escritórios.


Hospitais
O diferencial do aquiteto Siegbert Zanettini, arquiteto responsável pela Zanettini Arquitetura, é especificar cada material adequado a atividade que sobre ele se realiza. Portanto o seu desempenho e sua durabilidade são condições relevantes. Complementa essa questão mais utilitária sua contribuição estética, sua cor e sua integração com o ambiente interno e externo. Cita cuidados com sua abrasão em locais onde se devem prevenir quedas. Também adequados a deficientes físicos e visuais, são fatores que todo projeto correto deve atender. O desafio está em conseguir resultados estético, tecnológico e cultural, amplos e integrados aos conceitos que estimulam cada projeto.

Pisos que não propiciem alergia nem a proliferação de bactérias e fungos são essenciais quando o assunto é ambiente hospitalar. Os monolíticos ou vinílicos em rolos com juntas soldáveis, são usados em instalações hospitalares, para garantir a assepsia exigida pelos órgãos de controle sanitário. Dentro desse campo, há os vinílicos em mantas, em espessura variável, com PVC expandido e camada de poliuretano, que ajudam na redução do nível de ruídos em até 13Db, sendo imunes a manchas e de fácil limpeza.

Outras características passíveis de serem encontradas nesse tipo de piso, conforme a especificação, referem-se à resistência a abrasão e resistência elétrica volumétrica entre 5 X 1046 ohms, aspectos determinantes para a aplicação em salas cirúrgicas, de anestesia, recuperação e cateterismo cardíaco.

O próprio linóleo, em suas novas versões, também atende esses requisitos e, como os vinílicos em geral, possui uma infinidade de cores e aplicações, permitindo recortes e a elaboração de criativas composições, sóbrias ou vivazes.

Pedras polidas e pisos cerâmicos, ao lado da madeira, também podem ser utilizados, mas somente em áreas públicas, de intensa movimentação, como na área de recepção.

Cita também que tem utilizado em seus projetos boa parte da escala cromática, e não preferência por cores e as utiliza com grande liberdade, mas sempre adequadas ao todo do ambiente. Tem criado soluções interessadas, para hospitais, escolas, edifícios de pesquisa, CPDS, áreas esportivas e residenciais.

Para ele as questões de sustentabilidade eco- eficiência são fundamentos para se pensar num futuro melhor, mais justo e mais belo para as nossas cidades. São preocupações que acompanham toda a sua carreira e a questão ambiental é estrutural e estão seus projetos.


Residências
Atualmente, o consumidor final e os profissionais do setor possuem um vasto leque de materiais a disposição para diversos usos, incluindo o residencial.

A chegada de novas tecnologias de precisão ao processamento das pedras que permitiu a produção de lâminas mais finas, aplicadas sobre colméias em pisos elevados, reduzindo o peso das placas, o que já foi um grande limitante para o produto, e mantendo sua resistência. Esta pode ser uma solução requintada para vestíbulos e outros ambientes residenciais, ao lado das placas tradicionais de mármore e granito. Resistentes, duráveis e de manutenção simples, as pedras polidas criam um ambiente sofisticado para e outras áreas comuns, além de cozinhas e banheiros.

Já no campo dos pisos cerâmicos para uso em interiores, a quantidade de produtos ofertados pelo mercado é imensa, em termos de fabricantes, de dimensões, estilos, resistência, acabamento, processo de aplicação. Seu uso em residências, onde os níveis de resistência não precisam ser elevados, essas categorias de pisos têm a seu favor a durabilidade, a imunidade a manchas e facilidade de manutenção, permitindo a composição de espaços que variam do luxuoso ao rústico e descontraído, conforme o material empregado.

Sinônimo de maciez e aconchego, o carpete também voltou a ter presença marcante nesse campo. Reabilitado pelas novas tecnologias, hoje se apresenta em diversos padrões e texturas, produzidos, por meio de diferentes processos de fabricação – como agulhagem, tufagem e tecelagem, conforme o tipo –, em placas, rolos e mantas, sendo estes últimos os mais adequados ao ambiente doméstico. As fibras sintéticas, como o polipropileno, estão em alta, por serem antialérgicas – e, em alguns casos, antibacterianas e resistentes à luz solar –, altamente resistentes a manchas e desgaste, inclusive quando aplicados em áreas de movimentação mais intensa, e permitirem manutenção fácil.

Porém, os produzidos com fibras naturais, como algodão e lã, entre outras, assim como os tapetes, mantêm seu espaço e há novidades, como a incorporação de amido de milho – um produto renovável – à composição de alguns produtos oferecidos em placas.

Recentes lançamentos no campo dos têxteis para diversos usos apresentam a utilização de fios metálicos e outros efeitos em tapetes, a renovação do tradicional e novas cores e texturas.
Além dos pisos mais tradicionais, os profissionais e consumidores ainda contam com outras possibilidades no segmento de vinílicos, tanto homogêneos quanto heterogêneos, que não se restringem aos frutos da evolução do tradicional linóleo. Podem ser encontrados em mantas, placas e réguas em espessuras variáveis de acordo com a sua finalidade. Esses produtos têm indicação para projetos residenciais modernos, criativos e arrojados. São resistentes, duráveis, de instalação geralmente rápida e de manutenção fácil e barata, tendo, ainda, a seu favor a ilimitada combinação de padrões e definição de desenhos, além de não perderam a cor.

Hotéis
Embora com exigências e tipos de materiais distintos, a orientação para a aplicação de pisos em hotéis é semelhante. Aqui é fundamental garantir o conforto e a preservação da privacidade dos hóspedes, em paralelo à manutenção prática, e, portanto, são novamente os vinílicos e os pisos têxteis sintéticos em rolo os itens que mais correspondem a essas necessidades. Ambos, dependendo de suas especificações, reúnem qualidades acústicas, antibacterianas e antialérgicas, no mesmo tempo em que retém a poeira em suspensão no ambiente.

Outras tendência para o segmento de hotelaria são as texturas mais confortáveis, com desenhos
delicados mostrando requinte, bem como procura maior para produtos antiácaro, visando, cada vez mais, melhor qualidade de vida. Por outro lado, novamente a resistência e durabilidade dos pisos de origem mineral, como os cerâmicos, mármores e granitos, ao lado dos vinílicos mais consistentes, os tornam ideais para aplicação as áreas comuns, de intenso tráfego de pessoas e de carrinhos com rodízios, para o transporte de bagagem, por exemplo. Isso sem contar o fato de serem de limpeza fácil.

Os mesmos conceitos sobre pisos são válidos para centros de convenções; salas e auditórios pedem isolamento térmico e acústico, bem como o uso de materiais antialérgicos, enquanto corredores e recepções permitem o uso de outros materiais, como os relacionados acima.

Ace Revestimentos
A ACE Revestimentos apresenta a nova linha da LG Hausys no Brasil. A alta tecnologia e qualidade de impressão do padrão natural da madeira fazem do piso Impression®a escolha mais natural para seu projeto. São 7 diferentes padrões que se adéquam aos mais variados designs. O piso possui grande respeito ao meio ambiente, além de ter conteúdo reciclado, possui FLOORSCORETM certificados para a Qualidade do Ar Interior e contribui em até 2 pontos no LEED, pelo conteúdo de Reciclagem e por qualidade do ar.


Masisa
A redução em até 99,9% da presença de micróbios sobre a superfície do painel é o mais recente diferencial do Masisa Melamina e do Masisa Nature. Desde maio, todos os painéis da marca produzidos no Brasil contam com a tecnologia BioCote® (lê-se “bio-colt”), exclusiva proteção à base de íons de prata, um agente antimicrobiano natural, capaz ainda de evitar a incidência de bactérias, fungos e mofo. Utilizado por indústrias de diferentes segmentos, o BioCote® é incorporado aos produtos no momento de sua fabricação, portanto, não sai com a limpeza. Sua ação ajuda a reduzir a deterioração normalmente provocada pela ação microbiana ao longo do tempo, e se mantém estável durante toda a vida útil do produto, sem comprometimento de sua aparência ou qualquer desgaste ou perda de eficácia da tecnologia.


Verona Carpetes
Carpetes e Revestimentos em placa e rolo, nacionais e importados, adequados à diversas aplicações e diferentes segmentos. A sustentabilidade é um tema bastante presente, na escolha dos produtos comercializados pela Verona.


Beaulieu
Modular Bac é a nova coleção de carpete em placas da Beaulieu. Astral Modular Bac é o primeiro produto dessa coleção. Fabricado com fios de nylon Antron Lumena Invista, Astral já é bem conhecido no mercado de carpete em rolo pela sua durabilidade e performance em ambientes corporativos. Conheça essa novidade e surpreenda-se.
 
Créditos: Flex Editora