Uma boa safra de novos restaurantes paulistanos apresenta, além de pratos apetitosos, ambientes e detalhes arquitetônicos surpreendentes. Servem até de inspiração para a casa...

Na construção de 400 m² emoldurada em linhas retas, saltam aos olhos também o aço corten, presente em vigas, pilares e numa escada escultural em formato caracol, com degraus de madeira, que convida ao bar e à adega, no segundo andar. Para suportar o patamar superior, alterar locais de paredes e abrir vãos, foi necessário reforçar a fundação da antiga casa e construir pilares e vigas.

Clos de Tapas: rua Domingos Fernandes, 548, Vila Nova Conceição, tel. (11) 3045-2291
A cozinha moderna e criativa praticada pelos jovens chefs Lígia Karazawa e Raul Jiménez no Clos de Tapas, inaugurado há seis meses, tem arrancado elogios dos críticos gastronômicos. Em sintonia com a roupagem contemporânea dos pratos, encontra-se a arquitetura assinada pelo nissei Naoki Otake. "Os espaços de restaurantes devem maximizar os prazeres da mesa", diz o arquiteto. No Clos de Tapas, os sabores de acento espanhol conquistam o paladar, e a visão do ambiente encanta. O elemento de maior impacto é uma parede de pedra bruta de 7 m de altura, que abriga obras do artista plástico chileno Enrique Rodriguez. "Remete à palavra clos, que em espanhol se refere à parte murada das melhores vinícolas", explica Naoki.
A cozinha moderna e criativa praticada pelos jovens chefs Lígia Karazawa e Raul Jiménez no Clos de Tapas, inaugurado há seis meses, tem arrancado elogios dos críticos gastronômicos. Em sintonia com a roupagem contemporânea dos pratos, encontra-se a arquitetura assinada pelo nissei Naoki Otake. "Os espaços de restaurantes devem maximizar os prazeres da mesa", diz o arquiteto. No Clos de Tapas, os sabores de acento espanhol conquistam o paladar, e a visão do ambiente encanta. O elemento de maior impacto é uma parede de pedra bruta de 7 m de altura, que abriga obras do artista plástico chileno Enrique Rodriguez. "Remete à palavra clos, que em espanhol se refere à parte murada das melhores vinícolas", explica Naoki.

O vidro também é protagonista do projeto arquitetônico de Naoki Otake. Veda toda a fachada e tempera com luz natural o interior do restaurante. Vidro e aço "agregam mensagens de brutalismo e refinamento", diz o arquiteto.

Rodeio Iguatemi: avenida Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano, tel. (11) 2348-1111
Depois de 53 anos da inauguração do Rodeio, o tradicional restaurante de carnes abriu uma filial. O arquiteto Isay Weinfeld - cliente antigo, fã da famosa picanha fatiada - assumiu o projeto do novo endereço. O restaurante, de 850 m2, fica no oitavo andar de um edifício anexo ao Shopping Iguatemi, com acesso por dois elevadores. A atmosfera é sóbria, ao estilo da matriz. Não há excessos - a planta do salão principal obedece ao formato retangular, com painéis de vidro que, através de leves cortinas, sugerem o skyline. O forro acústico do teto foi recoberto por aletas de MDF, com inclinações variadas. "O projeto é clean, sofisticado e funcional", afirma a gerente, Sílvia Macedo Levorin, filha do fundador da casa, Roberto Macedo.
Depois de 53 anos da inauguração do Rodeio, o tradicional restaurante de carnes abriu uma filial. O arquiteto Isay Weinfeld - cliente antigo, fã da famosa picanha fatiada - assumiu o projeto do novo endereço. O restaurante, de 850 m2, fica no oitavo andar de um edifício anexo ao Shopping Iguatemi, com acesso por dois elevadores. A atmosfera é sóbria, ao estilo da matriz. Não há excessos - a planta do salão principal obedece ao formato retangular, com painéis de vidro que, através de leves cortinas, sugerem o skyline. O forro acústico do teto foi recoberto por aletas de MDF, com inclinações variadas. "O projeto é clean, sofisticado e funcional", afirma a gerente, Sílvia Macedo Levorin, filha do fundador da casa, Roberto Macedo.

Rodeio Iguatemi: avenida Faria Lima, 2232, Jardim Paulistano, tel. (11) 2348-1111
Num patamar inferior ao do restaurante está o bar, com 70 lugares. O ambiente segue a mesma linguagem do salão principal nos acabamentos, apostando em materiais naturais, como madeira e pedra. Paredes alternam jogos de texturas e matizes ao trazerem revestimentos de pedra do tipo palito no tom ferrugem e pele natural de vaca - presente também no estofado das cadeiras.
Num patamar inferior ao do restaurante está o bar, com 70 lugares. O ambiente segue a mesma linguagem do salão principal nos acabamentos, apostando em materiais naturais, como madeira e pedra. Paredes alternam jogos de texturas e matizes ao trazerem revestimentos de pedra do tipo palito no tom ferrugem e pele natural de vaca - presente também no estofado das cadeiras.

Back Gastrobar: rua Girassol, 273, Vila Madalena, tel. (11) 3034-6094
A profusão de luzes coloridas do Back Gastrobar - 16 milhões de tons, segundo o arquiteto paulistano Alan Borger - tem a função de buscar a atenção dos transeuntes da rua Girassol, na badalada Vila Madalena, para provarem os pratos de influência asiática do lugar. "Como ele fica no fundo do terreno, a iluminação foi pensada para atrair as pessoas a vencer esse trajeto", explica Alan, que traçou o projeto com Lucio Fleury e Eric Gartner, do escritório nova-iorquino SPG Architects.
A profusão de luzes coloridas do Back Gastrobar - 16 milhões de tons, segundo o arquiteto paulistano Alan Borger - tem a função de buscar a atenção dos transeuntes da rua Girassol, na badalada Vila Madalena, para provarem os pratos de influência asiática do lugar. "Como ele fica no fundo do terreno, a iluminação foi pensada para atrair as pessoas a vencer esse trajeto", explica Alan, que traçou o projeto com Lucio Fleury e Eric Gartner, do escritório nova-iorquino SPG Architects.

Back Gastrobar: rua Girassol, 273, Vila Madalena

O espetáculo de cores é obtido com um tipo de led (diodo emissor de luz) chamado RGB. Ele foi instalado na fachada e no salão principal, conferindo um ar futurista ao imóvel de apenas 140 m².

O espetáculo de cores é obtido com um tipo de led (diodo emissor de luz) chamado RGB. Ele foi instalado na fachada e no salão principal, conferindo um ar futurista ao imóvel de apenas 140 m².
O Manish abriu as portas há apenas dois meses. Sua gastronomia árabe foi traduzida já na fachada, que exibe um muxarabiê com 4,50 x 14 m de extensão. "Guardadas as devidas proporções, o desenho foi inspirado na Mesquita Nacional da Malásia, em Kuala Lumpur, construída em 1965", conta o arquiteto paulista Omar Dalank, autor do projeto, em parceria com Victor Castro e Carol Zullo. Elemento construtivo de origem árabe, o muxarabiê tinha como função principal proteger as mulheres dos olhares masculinos. No Brasil, conheceu o auge nas décadas de 40 e 50, pelas obras de Lucio Costa (1902-1998), Oscar Niemeyer e Affonso Rreidy (1909-1964), entre outros. Recentemente, voltou a ser explorado na arquitetura brasileira.

Manish: avenida Horácio Láfer, 491, Itaim Bibi, tel. (11) 4301-5928
Os elementos vazados do muxarabiê são feitos de geopolímero, semelhante ao concreto, porém mais resistente. Além de um admirável jogo de luz, proporcionam a visão do exterior para quem está dentro do restaurante (mas impedem que, do lado de fora, se enxergue o interior). A iluminação natural é reforçada por uma claraboia no centro do salão e por um painel lateral de vidro. "O restaurante se integra à rua, numa postura de valorização da cidade", explica Omar.
Os elementos vazados do muxarabiê são feitos de geopolímero, semelhante ao concreto, porém mais resistente. Além de um admirável jogo de luz, proporcionam a visão do exterior para quem está dentro do restaurante (mas impedem que, do lado de fora, se enxergue o interior). A iluminação natural é reforçada por uma claraboia no centro do salão e por um painel lateral de vidro. "O restaurante se integra à rua, numa postura de valorização da cidade", explica Omar.


Outro destaque do restaurante é um mural criado pelo ilustrador paulista Marcus Dan e que ocupa toda uma parede interna. "Os desenhos fazem referência ao muxarabiê", diz o arquiteto responsável pelo projeto.
Fonte: Arquitetura e Construção
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